Maurren pega dois anos de suspensão por doping

São Paulo

– Maurren Higa Maggi está oficialmente suspensa por dois anos de todas as competições. A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) informou ontem que a análise da contraprova, a amostra B, da urina da atleta confirmou o resultado da amostra A, que deu positivo para o uso de Cloestebol Metabolite. A saltadora terá 28 dias para solicitar que seu caso seja julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Caso Maurren recorra ao STJD e seja absolvida, a Confederação Brasileira da modalidade se encarregará de levar o caso para a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) julgar. Se a entidade máxima do atletismo absolver a brasileira, ela volta a competir antes de cumprir os dois anos de suspensão. Se não, a propria Maurren, e não mais a CBAt, pode apelar para a Corte de Arbitragem do Esporte (CAS), na Suíça. Caso não seja absolvida pelo STJD, a brasileira pode apelar diretamente ao órgão suíço.

Até a noite de ontem, o técnico Nélio Moura ainda não havia conversado com Maurren. “Não nos falamos, mas ela deve, sim, usar do direito que tem para recorrer ao Tribunal Superior. Na prática, para nós, não muda muita coisa. Ela deve voltar a treinar com os outros atletas no dia 20 deste mês”, diz o treinador.

Nélio já sabia do resultado da contraprova: “Desde o dia em que foi feito o exame já sabíamos que o resultado dessa amostra B seria o mesmo. Já vi alguns casos no Brasil de atletas que foram absolvidos, e outros não. Mas todos esperamos que a Maurren seja absolvida. Ela vai continuar normalmente treinando para a Olimpíada de Atenas, no ano que vem.”

A brasileira também pode esperar o novo código da Agência Mundial Antidoping (WADA), que muda em janeiro de 2004 e deve ser mais brando que o atual.

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