A saída de Jéci para o Palmeiras deixou o Coritiba sem um de seus principais zagueiros dos últimos tempos. Mas como diz o ditado: “rei morto, rei posto”. Companheiro de linha defensiva, Maurício permaneceu no Alto da Glória e herdou não só o posto de titular absoluto como também a braçadeira de capitão da equipe. E é assim que os dois vão se encontrar às 18h10 de amanhã no gramado do Palestra Itália.
“Não é porque ele saiu daqui e foi para lá que temos que menosprezá-lo. Se ele está lá é porque fez por merecer. Temos que pensar grande, ir lá e enfrentar o Palmeiras de peito aberto”, aponta o defensor.
Para ele, nem a chuva que atrapalhou os trabalhos da semana vão acabar com os planos do Coritiba seguir na busca do G4. “Cada um tem que focar naquilo que vai fazer, dar o melhor para o Coritiba. Apesar desse tempo chuvoso, a gente conversou mais que treinou, estamos bem descansados para fazer um grande jogo, que é o mais importante”, avisa Maurício.
O Porco seria o favorito desse jogo? “Prefiro deixar eles como favoritos porque nossa equipe está chegando quietinha. Na hora que entrar em campo, acabou e lá tem pessoas iguais a nós então teremos que encarar com a alma porque isso vai ser o diferencial”, afirma.
E é esse discurso que os jogadores já estão ouvindo nas últimas partidas, pois o técnico Dorival Júnior escolheu o zagueiro para ser o principal líder dentro de campo. Mas isso só foi possível graças a saída de Jéci, não é Maurício?
“Graças a ele, mas poderia ser eu, o Nenê, o Mancha. Ele (o técnico) optou por mim, estou fazendo o meu melhor, os meninos gostam muito de mim, tenho muito respeito por eles e isso é uma coisa boa que a equipe te dá, aquela valorização. Hoje, o professor está confiando em mim, mas o grupo está forte”, minimiza.
E o relacionamento com os jogadores nesse “mandato” como capitão do time? “Não mudou em nada, tem muita brincadeira, o comportamento do pessoal é de brincadeira e damos muita risada”, garante. E as broncas, não tem nenhuma em quem não cumpre as determinações?
“Todo mundo dá bronca no campo. Sempre tomo muitas duras do Mancha, do Nenê, falo com o Paraíba, o Paraíba fala comigo, o Marlos e o próprio Keirrison cobra muito. O futebol é isso e não tem um capitão só dentro da equipe. Todos são capitães e isso é bom para o grupo, que está crescendo”, finaliza Maurício.