Sem Lothar Matthäus na área, a alta cúpula do Atlético resolveu bater cartão no CT do Caju. Pela segunda vez na semana, o presidente João Augusto Fleury da Rocha e o presidente do conselho deliberativo Mário Celso Petraglia foram dar aquele apoio ao time na reta final do estadual. Para a partida contra a Adap, às 15h30 de amanhã, no Roberto Brezinski, as novidades serão as presenças do goleiro Cléber e do atacante Dagoberto. Hoje, o time faz o último trabalho e embarca para o interior.
?Foi passado que nesse período, com o Lothar fora, a diretoria e o presidente estariam junto com a gente para dar uma força. Até porque nós estamos entrando num mata-mata e, se perder, está fora?, revela o lateral-esquerdo Michel Bastos. De acordo com o jogador, os dirigentes afirmaram que têm plena confiança no time para a conquista do título. ?Eles vieram dois dias no CT, coisa que não acontece costumeiramente, e a gente tem certeza que a ausência do Matthäus não mexe com o grupo?, confirma o zagueiro Paulo André.
Os dois estão garantidos na equipe, assim como o atacante Dagoberto. ?Ele treinou com uma carga menor, mesmo nos treinos técnicos, e a gente ainda vai esperar o treino de amanhã (hoje) para dar uma confirmada na escalação?, adianta o auxiliar-técnico Vinícius Eutrópio. Sem mistérios, até porque a imprensa não pôde entrar no CT, mas conseguiu ver de longe a formação do time, a tendência é que Evandro ceda mesmo seu lugar para o atacante.
Assim, Ferreira volta ao meio e Pedro Oldoni, que marcou dois gols na estréia em Cianorte, está mantido. No gol, a outra alteração. Mantendo a política de revezamento do alemão, Tiago Cardoso senta no banco e Cléber será o camisa 1. O time para enfrentar a Adap terá Cléber; Danilo, Alex e Paulo André; Jancarlos, Erandir, Alan Bahia, Ferreira e Michel Bastos; Dagoberto e Pedro Oldoni.
Alemão ganha ?liberdade?
O advogado Domingos Moro conseguiu um efeito suspensivo e o técnico Lothar Matthäus poderá sentar no banco de reservas na partida contra a Adap, válida pelas quartas-de-final do estadual. Com tradutor e tudo o mais. No entanto, ninguém sabe se o treinador do Atlético estará amanhã em Campo Mourão. A diretoria não abre o bico e tanto jogadores quanto o auxiliar-técnico Vinícius Eutrópio esperam pela volta do alemão da Europa, só não sabem dizer quando isso acontecerá.
Após o TJD dar 30 dias de gancho para o alemão, por ele ter chamado a arbitragem do jogo contra o J. Malucelli de arrogante, Moro solicitou efeito suspensivo e a auditora Adriana de França atendeu o pedido. Pela lei Pelé, a medida é possível para punições superiores a 15 dias. ?Entramos também com um mandado de garantia para assegurar a presença do intérprete no banco?, informou o advogado. Assim, até o julgamento do caso, Klaus Junginger poderá estar ao lado de Matthäus normalmente nos jogos. Em Cianorte, o árbitro Héber Roberto Lopes fez cumprir o regulamento do estadual e retirou o intérprete. O julgamento definitivo de Matthäus ainda será marcado. Se o tribunal agir rápido, poderá ser na quinta-feira. Mas, a procuradoria teria que colocar na pauta já na segunda-feira.
Depois das especulações que o técnico poderia assumir o comando da seleção de seu país, surgiu a informação de que ele teria ido embora porque não recebeu salários. O representante do profissional no Brasil, Márcio Bittencourt, negou a nova teoria. ?O Atlético está cumprindo com tudo que foi combinado?, afirmou.
