Martin Lel é o “queniano da vez” na São Silvestre

São Paulo – Martin Lel, representante da nova geração de fundistas do Quênia, país que revela corredores da mesma forma que o Brasil forma jogadores de futebol, “é a bola da vez” na São Silvestre. Quem avisa é o técnico brasileiro Ricardo D?Angelo, especialista no treinamento de atletas de fundo.

“Ele tem vencido todas as provas nas quais tem entrado, não importa a distância”, afirmou o treinador da equipe Pão de Açúcar BM&F de Atletismo. Este ano, Lel venceu a tradicional Maratona de Nova York (2h10m30) e também foi o campeão do Mundial de Meia-Maratona, em Portugal (1h00m49). O atleta de 24 anos, que ainda foi o terceiro colocado na Maratona de Boston/2003, é um dos integrantes do bloco queniano confirmado pelos organizadores para a 79ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, no dia 31.

A supremacia dos quenianos fica evidente quando se examina o ranking dos melhores do ano no mundo. O queniano Paul Tergat, que venceu a São Silvestre cinco vezes, entre 1995 e 2000 (só não correu em 1997), lidera o ranking na maratona (2h04m55). Na lista de tempos dos 15 quilômetros, a mesma distância da São Silvestre, o líder é o queniano Richard Yatich (42m43).

“Pode ter um ou dois brasileiros entre os cinco primeiros colocados, mas os quenianos são muito fortes. Além de Lel, Robert Cheruyot, o campeão do ano passado, que virá ao Brasil pela terceira vez e conhece a prova, também pode conquistar o bicampeonato. Mas acho que o brasileiro Marílson Gomes dos Santos também pode ganhar”, analisa Ricardo D?Angelo, que terá três atletas na prova. O principal deles é o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima.

Além de Lel e Robert Cheruyot, a organização da São Silvestre confirmou a presença dos quenianos Paul Kirui, terceiro colocado na prova do ano passado, e de Phillip Rugut, bicampeão da Meia-Maratona do Rio.

Adauto Domingues, o técnico do brasileiro Marílson Gomes dos Santos, que foi o mais bem colocado entre os atletas nacionais em 2002 (2º lugar), também acha que os quenianos são os favoritos. “Qualquer um deles pode ganhar a prova. Têm currículo para ganhar”, analisa.

O treinador, no entanto, não exclui o seu comandado, Marílson, da lista de favoritos. Aos 26 anos, 1,74 m e 57 quilos, o corredor sentiu uma dor no tendão de Aquiles do pé direito na semana passada, mas melhorou graças a um tratamento de acupuntura. A dor cedeu e o fundista ficará em Campos do Jordão, para fechar um período de três semanas de treinos.

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