Marta é pela terceira vez a melhor jogadora do mundo

A brasileira Marta conquistou nesta segunda-feira, pela terceira vez consecutiva, o prêmio de melhor jogadora do mundo, dado pela Fifa em cerimônia na cidade suíça de Zurique. Ela superou a companheira de seleção Cristiane, as alemãs Nadine Angerer e Birgit Prinz, e a inglesa Kelly Smith. Com o prêmio, Marta torna-se a recordista em conquistas, ao lado de Prinz. A alemã dominou a premiação entre 2003 e 2005, mas desde 2006, só a brasileira levou o prêmio.

“É a terceira vez que eu ganho, mas a emoção é como se fosse a primeira vez aqui”, disse Marta, a mais famosa filha de Dois Riachos, cidade com pouco mais de 10 mil habitantes no interior de Alagoas. Foi lá que ela nasceu, em 19 de fevereiro de 1986, e deu os primeiros passos no futebol.

Com apenas 14 anos, em 2000, deixou sua cidade para jogar no Vasco, no Rio de Janeiro. No clube carioca, o talento da alagoana ficou evidente, e rendeu as primeiras convocações para a seleção brasileira, ainda em categorias de base.

O primeiro grande torneio com a equipe nacional foi o Mundial Sub-20 de 2002, no Canadá. Com apenas 16 anos, Marta liderou a equipe brasileira que terminou a competição em quarto lugar. No ano seguinte, já pela seleção principal, ela conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, e começou a chamar a atenção do mercado europeu.

Em 2004, a jogadora teve o ano decisivo em sua carreira. Com a responsabilidade de vestir a camisa 10 da seleção principal, foi uma das melhores da equipe na Copa do Mundo, apesar da eliminação nas quartas-de-final. Depois, levou a seleção sub-20 a mais um quarto lugar no Mundial da categoria. Mas o grande momento foi a Olimpíada, em Atenas, quando Marta comandou a equipe que chegou à medalha de prata.

O bom desempenho da meia-atacante durante o ano chamou a atenção do Umea, um dos principais clubes da Suécia, reconhecida por ter um futebol feminino forte. Pela equipe, a brasileira colecionou títulos e ganhou fama no país. Foram quatro campeonatos nacionais (2005, 2006, 2007 e 2008), uma Copa da Suécia (2007) e uma Copa da Uefa, na temporada 2003/04.

Durante os anos que passou na Suécia, Marta tornou-se cada vez mais a principal referência do futebol feminino no Brasil. Com ela, o País conquistou o título do Pan do Rio, em 2007, e chegou à decisão do Mundial no mesmo ano. Em 2008, a meia-atacante foi fundamental na campanha que levou a seleção a mais uma medalha de prata, na Olimpíada de Pequim.

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