Tânger – A um mês de 15 de maio, dia em que o Comitê Executivo da Fifa anunciará a sede da Copa do Mundo de 2010, o Marrocos tenta demonstrar que é um país pacífico, sem ligação ideológica com terroristas. Os dirigentes esportivos marroquinos sabem que, no momento de se definir o futuro do primeiro Mundial da África, a tradição no futebol será menos importante que a estabilidade política e as condições de segurança. Por isso mesmo, eles elogiam a firmeza mostrada pelo rei Mohammed VI ao condenar o terrorismo e ao desvincular seu governo em relação a marroquinos detidos pela polícia da Espanha como suspeitos dos atentados de 11 de março, que provocaram a morte de 191 pessoas em Madri.
O Marrocos disputa na Fifa com três outros países árabes do norte da África Tunísia, Líbia e Egito e com a emergente África do Sul. Se o Egito foi a primeira nação africana a entrar numa Copa do Mundo, a de 1934, quando o continente não passava de um enorme conglomerado de colônias européias, o Marrocos tornou-se em 1970 o pioneiro da conquista de uma vaga reservada exclusivamente para a região.