Marquinhos salva o Coritiba em Paranaguá

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Vital foi anulado pela pela
marcação adversária.

Faltou competência para Rio Branco e Coritiba. E quando duas equipes não demonstram capacidade para marcar gols, o resultado seria um inevitável 0x0 – se Marquinhos não estivesse em campo. E o placar do jogo de ontem à noite, no Estádio Fernando Charub Farah, em Paranaguá, foi 1×0 na única jogada efetiva do camisa 10 alviverde, que foi mais uma vez o herói coxa. A vitória mantém o Cori na segunda posição do grupo A do Campeonato Paranaense, ainda empatado com a Adap, mas perdendo no saldo de gols.

De um lado, estava uma equipe preocupada inicialmente em marcar. Do outro, um time que se esmerava em errar lances e exagerava em dribles sem utilidade. Assim, o Leão da Estradinha e o Coxa marcaram os noventa minutos (mais os acréscimos) de um futebol frágil tecnicamente e de muita briga – os dois times exageraram nas jogadas ríspidas, e deram trabalho ao técnico Henrique França Triches.

O Rio Branco escalou um meio-de-campo marcador para tentar impedir as ações dos três armadores coxas. Luís Carlos Capixaba, Marquinhos e Reginaldo Vital eram bastante vigiados pelos "perdigueiros" parnanguaras – com destaque para Edimar, que é zagueiro de ofício (nesta posição ele passou por um período de testes no Coritiba) e atuou marcando Marquinhos em todo o período que esteve em campo, sendo um dos melhores jogadores da partida, ao lado de Capixaba. Irritados com a marcação, os alviverdes também exageravam nas faltas.

No intervalo do jogo, uma briga homérica entre torcedores dos dois times e a polícia quase desembocou no campo. Os policiais da tropa de choque, que estavam no gramado, foram chamados a intervir depois que os coxas-brancas entraram em confronto com os soldados – a confusão começou com um policial que queria tomar a bola de um torcedor e o agrediu. Logo depois, a briga mudou de lado, com os rio-branquistas trocando agressões com os PMs.

Mas o Cori, com melhor capacidade técnica, teve inúmeras oportunidades de abrir o placar, quase sempre em contra-ataques – empolgados, os donos da casa partiam com tudo para o ataque. Luís Carlos, em noite infeliz, errou diversas vezes, duas delas na frente do gol de Márcio Vieira. Como os visitantes erravam, o Rio Branco tentava, e Fernando era obrigado a trabalhar bastante. Só que a ineficácia das duas equipes encaminhava para o 0x0.

Ainda mais quando o cansaço (da partida corrida e do calor de Paranaguá) começava a atormentar as duas equipes. Somente a capacidade técnica poderia resolver o jogo para o Coritiba – e veio com quem a torcida mais acredita. Em rápida jogada de Luís Carlos, Marquinhos chutou forte e finalmente marcou – o único gol da partida, em uma noite agitada dentro e fora de campo. Mas uma noite em que o futebol, como sempre, acabou decidido por quem tem mais qualidade.

CAMPEONATO PARANAENSE
1ª Fase – 6ª Rodada
Em campo
Local: Estádio Fernando Charub Farah (Paranaguá)
Árbitro: Henrique França Triches
Auxiliares: Francisco Aurélio do Prado e Marcos Dias Teixeira
Gol: Marquinhos 40 do 2º
Cartões amarelos: Réferson, Tião, Edimar (RB); Reginaldo Vital, Vágner, Luís Carlos Capixaba (CFC)
Renda e público: não divulgados

RIO BRANCO 0X1 CORITIBA

Rio Branco
Márcio Vieira; Baiano, Dezinho, Réferson e Daniel; Tião (Neto), Edimar (Nino), Roberto e Ratinho; Thiago e Edinaldo (Paulinho Marília).
Técnico: Val de Mello

Coritiba
Fernando; James, Miranda, Flávio (Vágner) e Ricardinho; Reginaldo Nascimento, Reginaldo Vital (Marcelo), Luís Carlos Capixaba (Márcio Egídio) e Marquinhos; Luiz Carlos e Marciano. Técnico: Antônio Lopes

Rubens Júnior assina hoje e Caio pode ser o próximo

O Coritiba deve apresentar ainda hoje o lateral-esquerdo Rubens Júnior, que volta ao clube após cinco anos longe – neste período, ele defendeu Palmeiras, Porto, Atlético-PR e Atlético-MG. O jogador vem para um setor carente no elenco alviverde (que, no momento, tem apenas Ricardinho na função) e faz lembrar de um dos melhores times dos últimos anos, o que foi sexto colocado no Brasileiro de 1998.

Aos 30 anos, Rubens Júnior é outro jogador, muito diferente do impetuoso lateral que chegou a ser sondado para jogar na seleção brasileira após a Copa de 98, e que o Palmeiras exigiu que retornasse do empréstimo ao Cori, a pedido do técnico Luiz Felipe Scolari. Nem no Parque Antártica, nem no Porto e nem no Atlético (onde foi campeão paranaense em 2001) ele teve a seqüência de jogos e a regularidade que teve no Coxa.

E é aquela lembrança que fez o Coritiba buscá-lo em Portugal – no final do ano passado, ele tinha rescindido seu contrato com o Porto. "Nós estamos esperando a chegada dele por volta das 11h, e esperamos fechar tudo antes do almoço. Não posso dizer que está tudo fechado, e não gosto de anunciar contratação antes do jogador chegar, mas estamos bem perto de um acerto", confirmou o presidente Giovani Gionédis. Acertando, Rubens Júnior será oficialmente apresentado à imprensa às 16h, no CT da Graciosa.

Forma

O meia Caio vai mesmo treinar para manter a forma no Coritiba. Em litígio com o Ituano (que detém seus direitos federativos) e o "dono do clube", o empresário Oliveira Júnior, o jogador pediu para trabalhar no CT da Graciosa enquanto não tem sua situação definida – ele quer ficar livre. E quando ficar livre, Caio será contratado pelo Coxa.

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