A chegada de Antônio Carlos transformou a vida de Marquinhos no Palmeiras. O atacante, que não foi lembrado por Muricy Ramalho para nenhuma partida no ano, passou a se sentir útil novamente. Domingo entrou no segundo tempo do clássico contra o São Paulo e fez o cruzamento para o segundo gol de Robert. E na quinta foi titular na vitória por 4 a 0 sobre o Flamengo do Piauí porque Lenny sentiu uma dor na coxa direita e jogou os 90 minutos.
O apoio do novo treinador se reflete em seu rendimento. O jogador, que ano passado mostrava falta de confiança e não conseguia dar sequência às jogadas, movimentou-se com desenvoltura. Caiu pelos dois lados, buscou o jogo, driblou e deu alguns belos passes. O tempo que ficou sem jogar pesou nos 15 minutos finais, e ele demonstrou cansaço. Como o técnico já tinha feito as três substituições, ficou mais parado até o final.
“Todo mundo me pergunta por que eu não jogava com o Muricy. Ele tem as ideias dele e talvez achasse que eu não me adaptava ao time dele. O que sei é que não tinha como ter ritmo de jogo se não era aproveitado”, disse Marquinhos, que fez questão de elogiar Antônio Carlos. “Ele conversa mais, pergunta se está faltando alguma coisa e a posição em que a gente gosta de jogar.”
O ostracismo do início do ano o levou a pensar em deixar o Palmeiras. Botafogo e Vitória tentaram a sua contratação. “Pensei em largar tudo. Mas meus companheiros e meus pais conversaram comigo e mostraram que era melhor tentar recuperar o meu espaço aqui. Quero dar a volta por cima, e se for para sair tem de ser pela porta da frente.”
Antes mesmo da chegada de Muricy, Marquinhos já não andava bem. Era criticado pela torcida e ficava sempre na reserva. O problema, segundo ele, era o fato de ter jogado machucado algumas vezes. As más atuações o fizeram passar por momentos ruins, até com cobranças na rua. “Nunca chegaram a me agredir, mas me xingaram. Não sou pilantra nem safado. Sei da minha capacidade e ainda vou dar alegrias para a torcida.”