Terceiro colocado no Mundial, apenas três pontos atrás da dupla da Red Bull, Webber e Vettel, chances concretas de lutar pelo título, contratado pela Ferrari, a equipe dos sonhos de todo mundo. Nem isso deixa Fernando Alonso animado.
O espanhol, hoje, larga apenas em 12º na Turquia. Não passou da segunda parte da classificação. Cometeu um erro na abertura de sua última volta rápida. E lá ficou, degolado no Q2.
“Tivemos o que merecemos”, resmungou Alonso,que procura não criticar a Ferrari publicamente, mas às vezes perde a paciência. “Não teve nada de estranho no meu treino. Simplesmente não temos velocidade. Quando meio segundo separa um monte de pilotos no Q2, a gente pode ficar em quarto, ou em 12º. Eu fiquei em 12º.”
O bicampeão mundial vem tendo um ano bom em termos de resultados, até. Já ganhou uma corrida e briga na ponta da tabela com os pilotos da Red Bull. Mas talvez nunca tenha cometido tantos erros em sua carreira.
Na Austrália, se envolveu num toque com Schumacher e despencou para as últimas posições. Na Malásia, assim como seu companheiro Massa, tentou adivinhar a hora em que iria chover e se deu mal, largando lá atrás. Na China, queimou a largada e foi punido. Em Mônaco, bateu nos livres e ficou sem carro para a classificação, tendo de largar dos boxes.
É típico de quem busca os limites andando mais do que o carro. “Vou ter de fazer uma corrida defensiva hoje para buscar o melhor resultado possível”, falou, descartando a possibilidade de uma atuação desembestada atrás das posições perdidas na classificação.
Massa, oitavo no grid, também não estava lá muito contente com o desempenho da Ferrari. “Estamos atrás da Red Bull e da McLaren, mas não adianta entrar em desespero”, falou o brasileiro.
A Red Bull dominou o grid de novo, com Webber fazendo sua quarta pole no ano, terceira seguida, sétima do time na temporada. Vettel ficou em terceiro, atrás de Hamilton, da McLaren, e atribuiu o que considerou mau resultado a um problema nos freios de seu carro.
O GP da Turquia começa hoje às 9h de Brasília e terá 58 voltas. Se tudo correr dentro da normalidade, o australiano, líder do campeonato,leva mais uma. E se torna mais do que nunca forte candidato ao título.