Ele levou 146 GPs para, finalmente, olhar para a papeleta de classificação do Mundial de F-1 e ver seu nome no topo da lista. Mark Webber, australiano de Queanbeyan, 33 anos, que estreou na Minardi em 2002 e nunca foi visto como candidato a nada na categoria, é o novo líder do campeonato.
Com a vitória de domingo em Mônaco, sua segunda no ano e quarta na carreira, chegou a 78 pontos em seis etapas. Seu companheiro de Red Bull, Sebastian Vettel, 11 anos a menos, estrela da companhia, também tem 78, mas só venceu um GP na temporada. “É o dia mais feliz da minha vida”, resumiu Webber.
“É a semana mais feliz da vida dele”, corrigiu o chefe do time, Christian Horner. “Domingo passado ele venceu na Espanha de ponta a ponta. Agora, repete a dose aqui. Não poderíamos imaginar dias mais perfeitos do que esses”.
Webber largou na pole e controlou o GP de Mônaco. “Nas últimas voltas, parece que a pista vai ficando mais estreita e os guard-rails, mais perto. Foi o que o Button me disse que acontecia aqui, e aconteceu mesmo, nas últimas quinze voltas”.
Mark não cabia em si de alegria. “Colocar meu nome ao lado de outros vencedores nesta pista, como Senna, é algo muito especial. Mas ainda temos um longo caminho pela frente, circuitos diferentes, corridas emocionantes. Vai ser um ótimo campeonato”.
E vai mesmo. Porque apesar da superioridade do carro da Red Bull em relação aos demais, foi só depois da sexta etapa do ano que o time assumiu a liderança entre os construtores e seus pilotos apareceram na frente na classificação.
Button, líder até o início da prova de ontem, quebrou na terceira volta e ficou com os 70 pontos que tinha. Caiu para quarto na tabela.
Alonso, que largou em último e terminou em sexto, foi a 75 e está em terceiro. Um pouco mais atrás aparecem Massa (61), Kubica e Hamilton (59).
Foi uma corrida bem acidentada, a do Principado. Sem chuva, mas que começou com uma pancada de Hülkenberg no túnel logo na primeira volta. Foi o pulo do gato de Alonso.
Com a entrada do safety-car, ele parou imediatamente, fez a troca obrigatória de pneus e voltou à pista, depois de largar dos boxes, onde estava: em último. Mas com uma enorme vantagem: não precisaria mais trocar pneus, enquanto todos os demais teriam de parar.
Foi o que o levou ao sexto lugar depois dos pit stops de seus adversários. Não sem, antes, ter um certo trabalho para ultrapassar os carros das equipes mais lentas, Hispania, Virgin e Lotus. Lá na frente, Webber desfilava. Largou bem, da pole, e teve a companhia de Vettel nas primeiras voltas.
O parceiro passou Kubica ainda na largada e se sustentou em segundo até o final. Aliás, como em Mônaco as ultrapassagens são complicadas, as posições dos cinco primeiros na primeira volta foram as mesmas no encerramento da prova: Webber, Vettel, Kubica, Massa e Hamilton.
Entre os brasileiros, Felipe foi o único que terminou. Barrichello, depois de ótima largada, bateu na volta 31. Após seu pit stop, ele relatou problemas no volante do carro da Williams. Di Grassi e Senna abandonaram com problemas mecânicos.