Nada de malandragem, muito menos de provocações. Muito pelo contrário, o pensamento do técnico Mário Sérgio, do São Caetano, é a manutenção da seriedade e disposição de seus jogadores para o confronto contra o Fluminense pelas quartas-de-final do Brasileiro. E com extremo cuidado nas palavras, dando pinta de bonzinho, ele evita polemizar com o técnico rival, Renato Gaúcho, o ex-companheiro dos tempos de jogador.
Tanto que Mário Sérgio não respondeu às possíveis declarações de Gaúcho de que o técnico do São Caetano estaria sendo “malandro” ao dizer que tinha medo da arbitragem no Rio. “Não posso deixar de me preocupar com todos os detalhes de um jogo tão importante: o calor, detalhes da viagem, a arbitragem, o fator campo e torcida, enfim, tudo que está diretamente relacionado ao jogo. Só espero que a arbitragem seja correta para os dois lados”, analisou o técnico.
Apesar de expor suas idéias em relação ao primeiro jogo, domingo, no Rio de Janeiro, o técnico do São Caetano evita polarizar o duelo com Renato Gaúcho. Ele prefere elogiar o adversário. “O Renato é a grande surpresa entre os técnicos que chegaram na segunda fase. Desde que ele e o Paulo Paixão (preparador físico) chegaram no Fluminense o time subiu de produção”, diz, categórico. Ele também não questiona a condição técnica de alguns adversários, como os atacantes Romário e Roni. “É uma dupla do barulho, porque são dois excepcionais finalizadores”. Sinal de que ambos devem receber atenção especial. Aliado ao profissionalismo do grupo e da força de conjunto do time, Mário Sérgio conseguiu anexar o sigilo ao seu repertório de armas para segurar os adversários.