A seleção brasileira foi surpreendida na manhã desta segunda-feira com a recusa do zagueiro e lateral-direito Mário Fernandes de viajar para Belém, onde a equipe enfrentará a Argentina, nesta quarta-feira, pelo Superclássico das Américas. Os motivos da decisão do jogador ainda não foram esclarecidos.
Mário Fernandes atuou normalmente pelo Grêmio na vitória por 2 a 1 sobre o Avaí, no último domingo, pelo Campeonato Brasileiro, marcando inclusive o primeiro gol da partida em Florianópolis. Nesta segunda, ele acabou não embarcando no horário previsto para se juntar à seleção, às 5h30, e, ao receber uma outra passagem da CBF, com o voo remarcado, informou que não se apresentaria.
“Já tinha outra passagem marcada para ele às 15h10, mas ele não quer mesmo. Fiquei surpreso. Ontem (domingo) chegamos de Florianópolis e estava tudo tranquilo, não havia nos dito nada, absolutamente. Internamente vamos conversar com o presidente, com o atleta e com o empresário dele”, declarou o diretor executivo do Grêmio, Paulo Pelaipe, à Rádio Gaúcha.
A primeira pessoa a confirmar a recusa de Mário Fernandes foi seu empresário, Jorge Machado. Ele explicou que o jogador lhe disse que não estaria se sentindo confortável e queria se concentrar no Grêmio. De acordo com Pelaipe, no entanto, o lateral não havia dado sinais de que tomaria esta decisão.
“Nós vamos nos reunir nesta tarde com o atleta, com o jogador. Se ele está focado em jogar no Grêmio, é uma decisão profissional do atleta e nós respeitamos. Ele não passou sensação de não ter ficado à vontade com a primeira convocação. Com toda franqueza, fomos pegos de surpresa, então não vou fazer nenhum tipo de manifestação sem conversar com o atleta e a direção. Depois sim, vamos nos manifestar”, disse o dirigente.
Apesar da pouca idade, apenas 20 anos, esta não é a primeira vez que o jogador se envolve em uma polêmica do gênero. Em 2009, quando chegou ao clube gaúcho, ele sumiu por duas semanas, sem dar notícias. Após muita procura – a polícia foi envolvida no caso -, foi localizado na casa de um tio, em Jundiaí (SP).
No entanto, Pelaipe garantiu que o atleta é um ótimo profissional. “É um atleta que sempre tem sido profissional, cumpridor de suas obrigações. Não dá problema nenhum e por isso não vou fazer comentários precipitados antes de ouvi-lo. Não temos nenhum ‘senão’ em sua conduta conosco. Com calma, vamos ver, vamos cuidar. Com muita tranquilidade”, disse.