Luiz Felipe Scolari não revela qual vai ser o seu destino após a decisão do terceiro e quarto lugares da Copa, neste sábado, em Brasília. O treinador afirmou nesta quarta-feira que o seu compromisso com José Maria Marin, presidente da CBF, vai até domingo, último dia do Mundial. Felipão, porém, sinaliza que pode permanecer no comando da seleção por mais um tempo, mas a decisão está mesmo com Marin.
Desde a derrota (7 a 1) para a Alemanha, Marin tem dado todo o apoio ao treinador e aos jogadores. Esteve no vestiário no Mineirão após o desastre e, segundo Felipão, fez questão de se colocar ao lado dos atletas e da comissão técnica.
Nesta quinta, o presidente da CBF vai almoçar com jogadores e comissão técnica na Granja Comary, em Teresópolis. É bem provável que o futuro dos comandantes da seleção seja tema de conversas entre Marin, Felipão e Parreira.
Marin não tem pressa para tomar uma decisão a respeito do futuro treinador. O dirigente primeiro vai ouvir o que Felipão tem a dizer sobre o trabalho da comissão técnica nos últimos dois anos, em especial na Copa.
“Vamos preparar um relatório de tudo que fizemos no Mundial e passar ao presidente Marin. Meu compromisso com ele vai até o final da nossa participação na Copa”, disse Felipão.
O treinador adiantou ainda que vai conversar com os jogadores a respeito do futuro deles na seleção brasileira. “A maioria vai continuar jogando em alto nível nos seus clubes e na seleção. Vamos prepará-los para as próximas competições, com orientações. Temos muito trabalho pela frente ainda”, revelou.
MUDANÇA À VISTA – Marin procurou sair de cena nesta quarta, assim como Marco Polo del Nero, seu atual vice mais influente e presidente eleito para o próximo período administrativo da CBF, que tem início estatutariamente em abril do próximo ano. Ele até gostaria de manter Felipão e disse isso em algumas ocasiões – antes dos 7 a 1 impostos pela Alemanha. Mas já foi informado de que o treinador não tem planos de permanecer no comando por muito tempo.
Além disso, um outro fator pode levá-lo a desfazer a comissão técnica que ele e Del Nero formaram em novembro de 2012: a pressão de dirigentes e até mesmo da opinião pública contra Felipão. Alguns cartolas começam a sinalizar que querem troca no comando da seleção. E a dupla não está disposta a descontentar seus pares para bancar o atual treinador.
A seleção brasileira tem compromissos no segundo semestre, a começar pelo mês de agosto, e já pode ter novo comando. Tite aparece como principal candidato à sucessão de Felipão. Não será surpresa, porém, se for adotada uma solução temporária: Alexandre Gallo, o treinador da seleção sub-20 e coordenador das categorias de base da CBF.
O problema é que em 2015 a seleção tem Eliminatórias e Copa América e seria importante chegar a essas competições com o comando definido.