Marin minimiza briga política e vê CBF ‘democrática’

José Maria Marin minimizou nesta quinta-feira a briga política que atinge a CBF neste momento e classificou como “normal” o conflito entre a Federação Paulista de Futebol (FPF) e a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio) pelo cargo de novo vice-presidente da Região Sudeste da entidade.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente da CBF qualificou a CBF como uma “casa democrática” e enfatizou que costuma dizer que “toda unanimidade é burra”. Ele falou sobre o assunto ao comentar o fato de a Ferj ter indicado Mario Jorge Logo Zagallo para a vice-presidência da CBF e depois ver a FPF ser contra a indicação por meio de Marco Polo del Nero, que se auto indicou para assumir a função.

A entrada do mandatário maior da FPF nesta briga revoltou a Ferj. Na última quarta-feira, o presidente da entidade, Rubens Lopes, disse que havia uma acordo para que os cariocas indicassem um representante para a vice-presidência ao cargo. O posto vinha sendo ocupado por Marin, mas ficou vago após o dirigente assumir o lugar de Ricardo Teixeira na presidência da CBF.

“É perfeitamente normal que num processo político eleitoral de 27 federações alguns tenham um pensamento diferente. O importante é que haja respeito e não haja ressentimento, e a partir do momento que sentei na cadeira de presidente da CBF o importante é que eu seja presidente para as 27 federações, seja o presidente para os clubes das Série A, B, C e D. Da mesma forma que eles (dirigentes) têm os seus deveres e suas obrigações, eles têm os seus direitos e principalmente o de se manifestar”, opinou.

Já ao falar dos preparativos do Brasil para a Copa do Mundo de 2014, Marin destacou que a CBF e o Comitê Organizador Local (COL) estão fazendo o papel dos mesmos no processo de organização da competição. E admitiu que a entidade passou a ter uma relação mais estreita com as federações do país após a saída de Ricardo Teixeira, embora pregue um discurso de continuidade do trabalho que vinha sendo feito por seu antecessor.

“O que mudou foi a figura do presidente, e cada um tem seu estilo. O presidente Ricardo Teixeira veio do mundo financeiro, eu vim do mundo político, isso talvez nos dá uma facilidade maior de diálogo e ter em vista, principalmente, que através do diálogo e da divergência e podemos, com boas intenções, poderemos caminharmos para a convergência. E qual é a convergência? É de que nós do futebol devemos dar tranquilidade ao povo brasileiro de que o nosso objetivo é realizar uma grande Copa do Mundo”, acrescentou.

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