A Copa do Mundo garantiu uma renda de mais de R$ 11 milhões a Ricardo Teixeira e a José Maria Marin. Dados que fazem parte do informe preparado pelo presidente da CPI do Futebol, o senador e ex-jogador Romário, divulgado nesta quarta-feira em Brasília.

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Graças à quebra de sigilo de dirigentes esportivos e acesso aos documentos dos organizadores da Copa do Mundo de 2014, a CPI constatou que o dinheiro transferido para os presidentes do Comitê Organizador Local (COL) superaram a marca de R$ 11 milhões.

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Em 2009, quando a entidade ainda era presidida por Teixeira, ele recebeu R$ 1,3 milhão. O mesmo valor foi pago no ano seguinte. Mas, em 2011, o valor saltou para R$ 3,1 milhões, em seu último ano no comando das operações da Copa.

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A partir de 2013, o COL passaria para o controle de Marin, que assumiu também a CBF no lugar de Teixeira. Naquele ano, o dirigente que hoje cumpre prisão domiciliar nos EUA acumulou salário de R$ 1,6 milhão. No ano da Copa, o total foi de R$ 3,6 milhões.

“Portanto, o COL gastou, apenas com o seu diretor-presidente, mais de R$11 milhões, em cinco anos analisados”, aponta o relatório. “Ressalta-se também a diferença de remuneração total recebida pelo mesmo dirigente, em anos consecutivos, a título de bonificação variável. Como exemplo, no ano de 2011, Ricardo Terra Teixeira recebeu mais que o dobro da remuneração recebida no ano anterior”, indicou.

“Considerando que o objetivo máximo do COL seria a realização da Copa do Mundo Fifa 2014, que ocorreria apenas três anos depois, torna-se difícil justificar os recebimentos como “bônus de desempenho”, alertou. “Cabe lembrar também que estes dirigentes acumulavam, no mesmo período, a presidência da CBF, recebendo salários igualmente vultosos”, completou o informe paralelo da CPI.