A primeira noite do Troféu Maria Lenk, o Campeonato Brasileiro de Natação, não teve nenhum índice olímpico, mas nem por isso deixou de ter grandes resultados para o Brasil. Nos 50 metros costas, prova não olímpica, Daniel Orzechowski bateu o recorde sul-americano e Fabiola Molina venceu na sua primeira disputa depois da suspensão por doping.

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Entre as provas olímpicas, a mais importante da noite foi os 200 metros peito. Pela manhã, Tales Cerdeira, do Flamengo, fez o índice para os Jogos de Londres e, à noite, não podia permitir que nenhum outro atleta nadasse mais rápido que ele. Por isso entrou na piscina mesmo com dores musculares e venceu com o tempo de 2min12s40, dois segundos abaixo da marca da manhã: 2min10s37 (oitava melhor marca do ano no mundo).

Felipe Lima, do Minas, também pleiteava o índice de 2min11s74, mas acabou quase um segundo acima, com 2min12s62. Com isso, já está definido que os dois brasileiros em Londres na prova serão Tales Cerdeira e Henrique Barbosa – que já tinha o índice desde o ano passado e foi o terceiro na final do Maria Lenk. Thiago Pereira, que não nadou os 200m peito no Brasileiro, fica como reserva. Os três são da equipe PRO-2016

“Ontem a noite tive um problema na perna. E isso me assustou muito. Quase fiquei fora da eliminatória. Graças ao fisioterapeuta Nathan Cunha e o doutor Gustavo Maglioca eu consegui me recuperar. Acordei um pouco melhor. Fiz o índice, e talvez eu ficasse fora da final, mas não queria dar sorte para o azar. Consegui controlar um pouco e agora posso deitar a cabeça no travesseiro, dormir tranquilo, porque eu estou classificado para Londres”, comemorou Tales, ao SporTV.

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Nas demais provas, o principal feito foi de João de Lucca, do Flamengo, que surpreendeu ao vencer os 200m livre com o tempo de 1min48s26, acima do índice olímpico de 1min47s63. Ele ainda sonha em estar nos Jogos de Londres e para isso terá a Tentativa Olímpica, daqui a duas semanas. Nicolas Oliveira, com 1min48s79, terminou em segundo.

Nos 200m livre feminino, a vitória ficou com a holandesa Lotte Friis. A contratada do Corinthians ajudou a puxar a prova, que teve como melhor brasileira Manuella Lyrio, do Minas, em segundo, com 2min00s27 – o índice é 1min58s20, abaixo do recorde brasileiro.

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Outra prova em que o Brasil dificilmente terá representantes em Londres, os 200m peito feminino, foi vencido por Pamela Alencar Souza, do Corinthians, com o tempo de 2min31s66, quase cinco segundos acima do índice.

PROVAS NÃO OLÍMPICAS – Fabíola Molina voltou em grande estilo às competições ao vencer os 50m costas com o tempo de 28s74. Já a vitória de Daniel Orzechowski dá a ele muita moral para, no sábado, brigar pelo índice olímpico nos 100m costas. O tempo de 24s44, que o deu a vitória no Maria Lenk, é o melhor do mundo na prova em 2012 e também novo recorde sul-americano, superando os 24s49 de Guilherme Guido em 2009.

Já nos 1.500, nenhuma surpresa. Vitória da holandesa Lotte Friis, do Corinthians, atual campeã mundial da prova. Poliana Okimoto, também nadadora corintiana, e atleta olímpica na maratona aquática, terminou em terceiro.