O jogo de terça-feira -derrota por 1×0 para o “asa negra’ América-RN – marcou também a despedida de Marcelo Toscano. O jogador, ainda no gramado, disse que sonhava com uma saída diferente, com vitória e com gol.
Ao invés disso, teve que seguir para o vestiário hostilizado pelos torcedores. Foi o último ato de Toscano com a camisa do Paraná Clube. A negociação com o Vitória de Guimarães, que se estendeu por semanas e mexeu com o ambiente do clube, foi finalmente concluída.
Ou quase. O Paraná ainda exige uma garantia bancária para assinar a liberação do atleta. Os valores da transação não foram oficializados, mas o clube português estaria pagando 500 mil euros por 50% dos direitos econômicos do atleta.
Este valor viria em duas parcelas -uma agora e a outra em dezembro -, o que explica a necessidade de garantias. Afinal, os direitos econômicos de Toscano pertencem ao empresário Renato Trombini.
No início do ano, ele investiu cerca de R$ 400 mil na compra dos direitos do atleta junto ao Paulista de Jundiaí. Num acordo entre Trombini e dirigentes tricolores, ele recuperará o valor aplicado e o saldo restante será dividido entre ele e o clube.
“A negociação é boa para todos. Só dependíamos de acertar detalhes”, explicou Aramis Tissot. No contrato, os outros 50% do atleta ficam estipulados em 3 milhões de euros. O Vitória de Guimarães tem dois anos para fazer valer a cláusula.
Caso o clube português não exerça essa opção, o valor pago antecipadamente valeria como empréstimo do atleta. Com a saída de Toscano, o Paraná põe fim à polêmica que rondou o clube nas últimas semanas.
Para muitos, por já estar com a cabeça fora do clube, o atacante caiu de rendimento. Na teoria, a saída de Toscano já foi coberta com a chegada de Rodrigo Pimpão.
Apesar disso, a diretoria reconhece que outros reforços são necessários. “Temos que voltar o quanto antes a jogar aquele futebol do início da temporada”, disse o diretor de futebol Guto de Melo.
Mesmo acenando com a possibilidade de novas contratações, Guto prefere cautela nas declarações. “É preciso ter calma nessa hora para não fazer bobagem”, arrematou o diretor de futebol.