Marcelo Passos isenta Paraná de culpa por doping

O Paraná Clube perde uma peça importante em seu elenco para a reta final do Brasileirão. O meia Marcelo Passos, flagrado do exame antidoping, está suspenso preventivamente por 29 dias e pode levar um gancho de até quatro meses. O exame de urina – realizado após o jogo frente ao Palmeiras (7 de outubro) – deu positivo para a substância Anfepramona, encontrada em remédios para emagrecimento. O jogador admitiu ter feito uso de medicamento sem o conhecimento dos médicos do Tricolor e sequer a contra-prova foi solicitada.

O clube fora informado, sigilosamente, do resultado do teste na quarta-feira, antes do jogo frente ao São Caetano. “Como o Marcelo Passos nos disse ter tomado realmente um remédio inibidor de apetite, dispensamos a contraprova”, explicou o vice de futebol José Domingos Borges Teixeira. Diante dos fatos, o Paraná Clube encaminhou uma declaração de Marcelo Passos ao Controle de Dopagem da Confederação Brasileira de Futebol, na qual o jogador isenta os médicos do clube de culpa.

“Tomei os remédios por conta própria. Mas é bom deixar bem claro que não o fiz visando melhorar meu rendimento físico”, comentou Marcelo Passos, ontem à noite, no aeroporto de Congonhas, enquanto aguardava para embarcar para Curitiba. “Estou preocupado com a minha imagem, pois já ouvi comentários maldosos e sem base alguma”, explicou. Segundo ele, pessoas em Santos haviam noticiado que o doping seria por uso de drogas. “Nunca tive contato com essa coisas”, assegurou.

Mesmo sendo um jogador experiente e rodado – aos 33 anos, já atuou por vários clubes do futebol brasileiro – Marcelo Passos disse que não imaginou que o produto pudesse conter uma substância proibida. “Tomei um desses remédios com fórmulas de ervas. Achei que era algo banal.” O meia disse que sempre lutou contra a balança e que o longo período sem jogar contribuiu para que ganhasse “alguns quilinhos indesejáveis”. “Só queria moderar meu apetite para poder ficar à disposição do Paulo Campos o quanto antes.”

Marcelo ainda não sabe quando ocorrerá a audiência, mas diz-se aliviado pelo fato de sua imprudência não causar danos ao Paraná. “Sou grato ao clube que me abriu as portas e me sinto em débito com o Paulo Campos, que me indicou. Espero poder pagar esta dívida, quem sabe aqui mesmo no Paraná.” O jogador tem contrato com o clube apenas até o fim do ano.

Edinho também não enfrenta o Paysandu

Além de Marcelo Passos, o Paraná Clube não terá, no jogo de domingo – às 17h, em Belém do Pará – o lateral-esquerdo Edinho, vetado pelo departamento médico. Os dois voltaram ontem à tarde de São Paulo, ao mesmo tempo que Axel e Fernando Lombardi se integravam à delegação. Os dois têm retorno confirmado após cumprirem suspensão, mas o técnico Paulo Campos vai esperar os treinamentos de hoje e amanhã para definir o time.

O treinador não antecipou se pretende armar um time mais cauteloso, com três volantes, ou se mantém Canindé na equipe. O principal reforço da equipe neste Brasileirão reconhece que ainda está devendo. “Estou longe de ser aquele jogador que brilhou no campeonato paulista”, admitiu. “Um pouco tem a ver com o estilo de jogo do nosso time, que tem apenas um atacante avançado.”

Canindé também reconhece que não está em plena forma física, mas garante que está pronto para “ir pro sacrifício”, frente ao Paysandu. “Se for escalado, vou até onde der. Quando não estiver agüentando, peço para sair”, disse o meia. Como Paulo Campos tem por norma escalar jogadores que estão 100% fisicamente, é tendência que Canindé fique, mais uma vez, no banco de reservas.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo