Série B

Marcelo Oliveira garante que fica no Tricolor

A Série B está só começando, mas o Paraná Clube sabe que as boas atuações nestas rodadas iniciais podem resultar em assédio sobre atletas e comissão técnica. O histórico recente mostra que muitos treinadores não resistiram a ofertas tentadoras de clubes da Primeira Divisão ou do exterior e deixaram o Tricolor na mão quando o trabalho começava a dar resultado. Desta vez, no entanto, a diretoria aposta no caráter de Marcelo Oliveira e espera chegar no fim do ano comemorando o acesso e com o treinador à frente do grupo.

Marcelo Oliveira, que é dono de uma postura serena, mas de incontenstável comando, não quer nem falar sobre uma hipotética saída. “Estou com a cabeça voltada somente ao Paraná Clube. Estou vivendo intensamente esse momento, acreditando que podemos fazer um belo trabalho nesta Série B”, disse o treinador. “Minha ideia é cumprir o contrato até o fim do ano, como foi acordado com a diretoria”, emendou. Caso isso se confirme, Marcelo Oliveira seria apenas o terceiro técnico da história do clube a iniciar e finalizar uma temporada completa.

Mesmo com muitos títulos na década passada, e perto de atingir a maioridade, o Tricolor que recentemente teve cinco técnicos em apenas um ano nunca marcou pela longevidade no seu comando técnico. Rubens Minelli (1990) e Levir Culpi (1993) foram os únicos a trabalhar no clube ao longo de todas as competições de uma temporada. “Nós sempre revelamos muitos técnicos. O Marcelo, mesmo com sua larga bagagem, era conhecido apenas em Minas”, disse o vice-presidente de futebol, Aramis Tissot. “Hoje, ele já é conhecido nacionalmente. Mas, independentemente disso, acredito que nenhuma eventual proposta irá tirá-lo do Paraná”, arrematou o dirigente.

Ao assumir o comando do futebol, em dezembro do ano passado, Aramis Tissot estabeleceu como meta a reorganização da estrutura do seu departamento. O primeiro passo foi montar uma nova comissão técnica e pôr um fim à alta rotatividade dos últimos anos. Chegou a Marcelo Oliveira através do auxiliar técnico Cleocir Santos, com quem já trabalhara nos anos 90, quando presidente do clube.

Tissot superou momentos delicados, quando muitos chegaram a cobrar uma mudança de comando, após alguns tropeços no Paranaense. “Nunca me deixei levar por essas pressões, pois acredito num time forte a partir da sequência do trabalho de uma comissão técnica. Foi o que fizemos, dando apoio ao Marcelo e ao Tico”, lembrou o vice-presidente paranista.

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