O técnico Marcelo Oliveira usou o clássico-treino de ontem para testar uma nova formação. Abdicou do 3-5-2 -esquema aplicado desde o início da competição – e escalou seu time num 4-4-2, com Gílson deslocado para o meio-campo.
Uma estratégia que abriu caminho para Kim. Ele ocupou a lateral-esquerda. “Ganhamos uma jogada forte por este setor. Os dois são muito ofensivos, em especial o Gílson”, analisou Marcelo Oliveira.
A variação tática se justifica pelas baixas no sistema defensivo. “Perdemos o Irineu e o Luís Henrique para este reinício de Série B. Com isso, trabalhamos uma nova opção, que pode até ser utilizada em Juazeiro do Norte”, explicou o treinador.
A formação já havia sido aplicada em Ponta Grossa, na segunda etapa do amistoso frente ao Operário. “Gostei e passei a ver uma possibilidade real de utilizar essa estratégia”.
Além da nova formatação, o Paraná aproveitou o clássico-treino para dar ritmo a jogadores que serão decisivos para um bom retorno do time ao ritmo de competição.
São os casos de Murilo, recuperado da lesão de ombro que o tirou dos gramados por quatro meses, e dos recém-chegados João Leonardo e William. “Todos foram muito bem. O Murilo já mais solto, o João Leonardo com muita segurança lá atrás e o William, que é um jogador muito versátil”, analisou Oliveira.
Meio-campista de origem, William também tem sido aproveitado no ataque, como fazia no Corinthians Paranaense. Assim, com Leandro Bocão mais à frente, o time ganho mobilidade com as constantes inversões de Marcelo Toscano e William.
Toscano, aliás, deixou o gramado com uma lesão no pé esquerdo. Ele levou uma “solada” de Paulo Baier e acabou substituído. Numa avaliação inicial do médico Mothy Domit, não preocupa para o jogo no interior do Ceará, na terça-feira.