Marcelo Oliveira é mantido no comando do tricolor

Depois de uma série de seis jogos sem vencer, o treinador do Paraná Clube está na corda bamba. Até o momento, o comandante Marcelo Oliveira segue empregado – pelo menos até o clássico Paratiba. Mas sua permanência não é unanimidade na Vila Capanema.

Na tarde de ontem foi realizada uma reunião entre a cúpula tricolor na sede da Kennedy. Como o treinador não conseguiu convencer no Paranaense e na Copa do Brasil, especula-se que o assunto em debate foi sobre a possível troca no comando técnico.

Participaram da reunião o presidente Aquilino Romani, o vice de futebol Aramis Tissot e o diretor de futebol César Augusto Machado de Mello. Procurados para repassar informações sobre o encontro, os diretores deixaram seus telefones desligados.

Além dos resultados, outro fator que pode estar preocupando a diretoria é o desgaste de convivência entre Marcelo e alguns atletas, supostamente descontentes com o comandante.

Os jogadores, no entanto, não confirmam oficialmente e chegam a absolver o treinador de qualquer culpa. Mas confirmam que existem desobediências táticas no Paraná.

“A pressão está em cima dele (Marcelo Oliveira). Mas os culpados são os jogadores. Ele faz os esquemas, passa no vídeo, passa na lousa pra todos atletas, mas um ou outro que não segue o esquema tático e acaba prejudicando a equipe”, disse o zagueiro Diego Correa.

Márcio Diogo, única reivindicação do treinador para o Estadual, também defende Oliveira e repassa todo peso ao elenco. “É um grupo novo, pequeno. Marcelo está dando oportunidade pra cada jogador”, disse o meia-atacante, que também se isenta da culpa pela falta de gols: “A sintonia tem que estar no grupo todo”.

Se ele sai, quem entra?

Afirma-se que a escassez de opções viáveis financeiramente mantém Oliveira no comando paranista até o clássico. Sem recursos para bancar a vinda de um novo comandante, quem ganha força na Vila Capanema é o auxiliar técnico Ageu Gonçalves.

Antes da chegada de Roberto Cavalo, em 2009, o ex-zagueiro pentacampeão paranaense de 93 a 97 chegou a assumir o Paraná interinamente no jogo contra o Vasco. A partida terminou com derrota tricolor, por 2 a 1, válida pela Segundona. Apesar do resultado, o comandante-ídolo foi muito elogiado pela postura da equipe.