O técnico Marcelo Oliveira se tornou o mais novo campeão brasileiro na noite de quarta-feira depois de “bater na trave” duas vezes. Ele teve dois vice-campeonatos quando dirigiu o Coritiba na Copa do Brasil, e chegou a entrar no Guinness, o livro do recordes, com 24 vitórias consecutivas, entre 3 de fevereiro e 5 de maio em 2011. Agora, finalmente, o treinador comemora o reconhecimento nacional com o Cruzeiro.
“Esse é o momento de poucas palavras e de muita comemoração”, disse o treinador. “É o resultado de muito sacrifício, mas também de muita união e vibração em todos os momentos. Foi um grupo que deu certo”, elogiou o treinador de 58 anos. Até o meia Júlio Baptista, contratado em 2013, reconheceu a importância da conquista para a carreira do comandante. “Ele vem fazendo um belo trabalho há muito e merece ser reconhecido”, disse o meia.
A conquista foi realizada com números significativos: o Cruzeiro completou 74 pontos, com 16 de vantagem para o Atlético-PR, segundo colocado. “Conseguimos números expressivos e de forma antecipada. Isso precisa ser destacado”, disse o treinador, satisfeito com a maneira como o time procurou a vitória ontem mesmo com o título já confirmado.
O título também representa uma vitória pessoal para o treinador. Marcelo foi contestado pela torcida cruzeirense antes mesmo de ter sua contratação confirmada pela diretoria. Tudo porque havia sido jogador e técnico do rival Atlético. Antes disso, teve uma passagem frustrada pelo Vasco.
“Não havia questionamento ao meu trabalho, mas, sim, pela minha história no rival. Os resultados mostraram a minha seriedade e o profissionalismo”, diz. Sempre sério e até carrancudo, Oliveira viveu momentos de alegria e descontração, sendo homenageado pelos jogadores. “É o melhor momento da minha carreira. É hora de comemorar”, disse, emocionado.
