O técnico Marcelo Oliveira mudou a dinâmica de preparação do Paraná Clube e optou por fechar os portões do Ninho da Gralha à imprensa. Com duas ou três opções para a formação da equipe que encara o Engenheiro Beltrão amanhã às 16h50, no Waldemiro Wagner, em Paranavaí , o treinador adotou a “tática do mistério”.
Apressou-se em garantir que o suspense não está ligado ao fato do Tricolor ter fracassado na estreia do Paranaense, ao perder em casa para o Rio Branco. “Por norma sempre divulgo com antecedência o time. Mas, eventualmente é possível que esses treinos fechados ocorram”, disse o treinador.
“Mas, somente quando houver a possibilidade de escalar atletas com características bem distintas e que possam causar alguma surpresa para o adversário”, justificou, sem no entanto dar pistas sobre essas supostas novidades. Chegou até a garantir que essencialmente o Paraná não terá nenhuma mudança drástica para esse jogo, onde vencer passou a ser obrigação.
Pressão?
O treinador sabe que mesmo estando no clube há poucos tempo a pré-temporada começou há 17 dias já carrega uma pressão pelo histórico recente do Paraná, relegado à Série B e com campanhas pífias nos dois últimos estaduais.
“É a nossa realidade e temos que encarar o problema de frente. Esse grupo tem potencial, mas não podemos ficar esperando as coisas acontecerem. É fundamental que a gente obtenha vitórias nos próximos jogos, não importando o local da partida”, afirmou Oliveira.
Nessa busca por resultados positivos, o treinador não contará com o meia Márcio Diogo. Com um histórico recente de lesões e ainda distante do ideal físico, ele não será utilizado em Paranavaí.
“Temos que trabalhar com cautela em relação a esse jogador, que é muito hábil e será útil para o clube. Mas, nesse início de temporada, vou preservá-lo de alguns jogos, pois assim ele ganha uma semana completa para se recondicionar”, explicou o comandante do azul, vermelho e branco. Diante da ausência, Elvis é o mais cotado para assumir a posição.
“O Elvis também se apresentou distante da condição física ideal. Mas, está trabalhando forte e é a primeira opção para este jogo”, disse. O treinador evitou dar pistas sobre alternativas que estaria imaginando para tentar tornar o time mais eficaz, em especial no setor ofensivo.
Em que pese os vacilos nos gols do Rio Branco, a preocupação maior de Marcelo Oliveira está no baixo poder de criação do time, em especial no segundo tempo. O treinador até estuda a possibilidade de lançar mão de Marcelo Toscano como um jogador mais avançado, função que exerceu com competência no ano passado. “Só que ele tinha ao seu lado dois meias velozes e criativos. Estamos analisando isso”, arrematou o técnico paranista.