Marcelinho Carioca é a aposta do Coxa

te41100105.jpg

Ídolo nacional nos anos 90,
Marcelinho pode pintar no Coxa.

Sem estar sendo aproveitado pelo Ajaccio, da França, para onde se transferiu no segundo semestre do ano passado, o meia Marcelinho Carioca pode ser o "presente" que o presidente Giovani Gionédis prometeu ao técnico Antônio Lopes e à torcida do Coritiba para este início de ano.

Marcelinho confirmou o contato de dirigentes do Coxa, mas a negociação tem um empecilho. Marcelinho Carioca também é pretendido pelo Grêmio. O clube gaúcho, através do diretor técnico Mário Sérgio, fez um convite para que o meio-campista se transfira para o Olímpico em 2005.

O jogador está querendo voltar para o Brasil, pois no Ajaccio não está sendo aproveitado. Ele sequer faz parte dos reservas que ficam no banco durante os jogos. O Ajaccio faz má campanha no Campeonato Francês e está ameaçado de rebaixamento.

O nome de Marcelinho surge após o descarte de Edmundo e Dimba. No Alviverde, ninguém confirma. O presidente nega o contato. "Nem com reza brava", desconversou o dirigente.

Copinha é fonte

Mas não é apenas a "estrela internacional" que vai integrar a equipe alviverde neste primeiro semestre. A diretoria coxa despachou uma grande comitiva para acompanhar jogos da Copa São Paulo de Junirores. O torneio pode ser a fonte de revelações que possam ser contratadas, além de observar os talentos do Coxinha. À frente dos observadores do Coxa está o técnico Antônio Lopes. "Vamos ver quem se destaca e pode vir a reforçar o Coritiba", disse o treinador.

Cori tem novo parceiro pra cuidar do coração

Terminou a série de testes médicos e físicos do Coritiba. E, pela primeira vez, o clube usou da parceria com a Clinicor (Clínica Paranaense de Cardiologia) para realizar os exames cardiológicos do grupo. O acordo não se aplica apenas a esta pré-temporada, mas prevê um acompanhamento dos cardiologistas e médicos do esporte ao grupo alviverde em todo o ano, para que se evitem surpresas.

Para os leigos, Medicina do Esporte e Traumatologia Esportiva são coisas semelhantes. "Na verdade, são situações complementares. O nosso trabalho no dia-a-dia, como ortopedistas, é o de evitar e tratar possíveis lesões que os jogadores possam sofrer", diz o chefe do departamento médico alviverde Lúcio Ernlund. "A Medicina do Esporte trabalha com todos os campos médicos para que os atletas possam ter tranqüilidade para realizar seu trabalho", complementa o médico do esporte Marcelo Leitão.

Marcelo é o responsável pelo setor na Clinicor e é médico do Comitê Paraolímpico Brasileiro (responsável pelas avaliações cardiológicas da equipe paraolímpica desde 1999), relator das diretrizes da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e integrante do grupo técnico de discussão sobre morte súbita do Ministério da Saúde. O tema ganhou força após a trágica morte do zagueiro Serginho, do São Caetano. "Claro que é uma situação que assusta. E o trabalho que estamos fazendo com o Coritiba é exatamente para prevenir este tipo de problema", explica o médico Pedro Michelotto, diretor-geral da Clinicor.

Os jogadores passaram por exames cardiológicos acurados, para a detecção de cardiopatias. "Os atletas podem ser acometidos de arritmias e miocardiopatias agudas, que são causadoras de morte súbita. Encontrando este tipo de problema, nós temos a condição de saber a extensão desta lesão no músculo cardíaco", conta Pedro Michelotto. "São testes fundamentais para os atletas", reitera Marcelo Leitão.

Os 24 jogadores que por enquanto formam o elenco alviverde passaram por todos os exames (incluindo os laboratoriais, com coleta de sangue), e os resultados serão divulgados no início desta semana. Mas, a princípio, todos "passaram". "Até o momento, não encontramos problemas nos atletas do Coritiba", resume Lúcio Ernlund.

Róbson volta pra se sentir em casa

"Aqui eu me sinto em casa. E é bom quando você é querido e bem tratado em um lugar." O preparador físico Róbson Gomes está há apenas três dias no Coritiba, de volta após um ano fora, mas é como não tivesse saído do clube que o revelou. Por isso ele aceitou voltar para o Alto da Glória, mesmo recebendo uma vantajosa proposta do Botafogo para permanecer no Rio de Janeiro. E também para ter a primeira experiência com o técnico Antônio Lopes.

Róbson deixou uma ?tradição? de sua carreira: ele sempre fez trabalhos de longo prazo, verdadeiras parcerias com treinadores. Primeiro, foi com Hélio dos Anjos, em quase quatro anos de Goiás. Depois, dois anos e meio ao lado de Paulo Bonamigo, no próprio Coritiba, Atlético-MG e Botafogo. "Tenho que valorizar este período em que trabalhamos juntos. O Paulo é um profissional de primeiro time, e conseguimos atingir nossos objetivos neste tempo", elogia o fisicultor.

Agora, ele pode iniciar nova parceria. "Eu nunca trabalhei com o professor Antônio Lopes, mas eu nem preciso comentar a competência dele. Foi campeão em vários clubes, campeão mundial com a seleção brasileira, e fez uma temporada muito boa no Coritiba no ano passado", comenta Róbson, que valoriza outro ponto do Delegado. "Ele já foi preparador físico, assim como o Eudes (Pedro), o (Antônio Lopes) Júnior e o Miguel (Ferreira) são. Assim, nós temos muito mais facilidade para implantar um trabalho físico no clube, pois eles entendem as nossas necessidades", explica.

Para o Delegado, a vinda de Róbson significa um acréscimo de qualidade ao elenco. "Ele já conhece grande parte do grupo, por ter trabalhado aqui há pouco tempo. E tem um trabalho bastante interessante, que se encaixa bem com as pretensões do Coritiba", resume Antônio Lopes, que usou de um método diferente para buscar informações sobre o novo preparador físico. "O pai dele me contou tudo", brinca, citando o comentarista esportivo Valmir Gomes.

Esta boa recepção de todos no Coritiba ("Do porteiro ao presidente", festeja) faz Róbson Gomes falar do clube com carinho. "Sempre que eu venho para o clube eu fico feliz e me emociono. Até porque eu fui o primeiro preparador físico do Coxa no CT. Quando este centro de treinamentos foi inaugurado, estava trabalhando na equipe profissional", lembra, falando sobre a primeira passagem dele no time principal.

Para Róbson, o importante é a constante evolução do Coritiba. "Eu fiquei um ano fora e vi que o clube continuou melhorando a estrutura, buscando incrementar ainda mais o departamento de futebol, e facilitando a vida dos profissionais", finaliza o preparador.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo