Poucos gols marcados e uma defesa difícil de ser vazada. Assim era o Botafogo de Jair Ventura, um time impunha problemas ao setor ofensivo adversário, mas que não costumava propor o jogo, reagindo ao adversário e aproveitando os seus erros para atacar. O estilo de jogo é muito diferente ao que o torcedor do Santos sempre apregoou como “DNA” do clube. Mas Jair Ventura, novo comandante da equipe, assegura que não haverá um “choque de culturas” entre ele e seu novo time.
Sob o comando do novo técnico do Santos, o Botafogo disputou 95 jogos, com 113 gols marcados (média de 1,19) e sofreu apenas 90 (média de 0,95). Esses números, em um primeiro momento, podem contrastar com a premissa apontada pelo presidente José Carlos Peres, ainda antes da definição do novo técnico, de que o Santos precisaria ser ofensivo em 2018. Mas Jair garante pensar diferente e assegura que o Santos será não só forte no ataque, mas também muito organizado.
“Conheço a história do Santos, aqui o DNA é ofensivo. Não vamos perder a competitividade, a organização, o jogo coletivo e a ofensividade. É com essa ideia que chego no Santos. Seremos super ofensivos, táticos e intensos”, afirmou o novo treinador do clube da Baixada.
Com apenas 38 anos, Jair Ventura possui um currículo de iniciante no futebol, tanto que só dirigiu o Botafogo na sua carreira de técnico. A pouca experiência e o contrato curto com o Santos, apenas até 2018, não preocupam o treinador, que garante estar pronto para o desafio. “Paciência é igual para todos os treinadores. Isso vem com o desempenho do time. É uma situação que não me preocupa. Estou me preparando, fiquei um ano e meio à frente do Botafogo, um grande clube”, declarou.
Jair terá muito pouco tempo para preparar o Santos para o primeiro desafio de 2018, pois o time vai estrear no Campeonato Paulista em 17 de janeiro, quando visitará o Linense. O treinador avalia que o fato de ter participado da fase preliminar da Libertadores pelo Botafogo em 2017, com partidas decisivas logo em janeiro, poderá ajudá-lo a acelerar a preparação do time.
“Vivenciei isso ano passado, tivemos a pré-Libertadores, com um período muito curto de preparação. Temos que acelerar. No Paulista algumas equipes começam primeiro, têm uma leve vantagem física”, avaliou o novo comandante do Santos.