Pragmático, o Paraná Clube abdicou do bom futebol e priorizou o resultado. Num jogo tenso, o Tricolor fez a lição de casa e bateu o Figueirense por 2×1, ontem à noite, no Pinheirão. O resultado, se não tirou o time paranaense da zona de rebaixamento, valeu a reabilitação e a conquista de uma posição na classificação geral. O jogo marcou um interessante duelo entre os treinadores, que buscaram diferentes estratégias ao longo dos noventa minutos de bola rolando. Melhor para Paulo Campos que completou, assim, sua oitava vitória neste Brasileirão.
Diante de um adversário com poucas ambições no Campeonato Brasileiro, o Paraná sabia que seria importante um início de jogo contundente. Mas, com os devidos cuidados, já que o Figueirense se manteve, ao longo de toda a competição, na metade de cima da tabela. Além disso, o time de Paulo Campos trazia nos ombros toda a carga emocional da partida anterior, onde se lançou ao ataque e sofreu dois gols infantis frente ao Corinthians.
Foi com esta orientação em mente que o Paraná iniciou o jogo. Sem dar espaços para os catarinenses, contava com a movimentação do trio de meias para confundir a marcação adversária. Mesmo com um começo instável, o Tricolor aos poucos se firmou e deslanchou a partir de um gol com a assinatura dos meias. Cristian tocou para Marcelo Passos que fez a assistência a Marcel. O jogador, que voltou ao time após cumprir suspensão, “fuzilou” de dentro da área para assegurar estabilidade emocional à equipe.
A partir do segundo gol, marcado por Galvão, o Paraná dava a impressão que venceria com facilidade. Em sua primeira partida como titular, o experiente Marcelo Passos foi o “maestro” do meio-de-campo. E sob sua batuta, o Paraná esteve a pique de ampliar a vantagem no segundo tempo. Porém, as alterações processadas por Dorival Júnior surtiram efeito. O gol de Alexandre Gaúcho, aos 14 minutos, gerou uma transformação no jogo.
O Figueirense assumiu um domínio territorial e o Paraná optou por apenas segurar o placar. O “ferrolho” armado por Campos deu resultado na prática, pois nem mesmo com os “chuveirinhos” a zaga paranista ou o goleiro Flávio foram vencidos. “Contra o Corinthians, finalizamos muito e perdemos. Hoje, fomos mais eficientes e isso é o que importa”, sintetizou Paulo Campos após o jogo.
CAMPEONATO BRASILEIRO
38ª RODADA
SÚMULA
Local: Pinheirão (Curitiba).
Árbitro: Luiz Alberto Sardinha Bites (GO).
Assistentes: Flávio Gilberto Kanitz (GO) e Ruber Paulo Romero (GO).
Renda: R$ 13.973,00.
Público: 1.536 pagantes (2.057).
Gols: Marcel a 21? e Galvão a 32? do 1º tempo. Alexandre Gaúcho a 14? do 2º tempo.
Cartões amarelos: Etto, Fernando Lombardi, Émerson e Edinho (Paraná). Alexandre Gaúcho (Figueirense).
PARANÁ CLUBE 2×1 FIGUEIRENSE
PARANÁ
Flávio; Etto, Fernando Lombardi, Émerson e Edinho; Axel, Beto, Cristian (Fernando) e Marcelo Passos (Goiano); Marcel (João Paulo) e Galvão. Técnico: Paulo Campos.
FIGUEIRENSE
Édson Bastos; Paulo Sérgio, Márcio Goiano, Eloy e César Prates (Alexandre Gaúcho); Jeovânio, Éverton (Oliveira)(Marlon), Carlos Alberto e Bilu; Romualdo e Genílson. Técnico: Dorival Júnior.
Cristian é o primeiro da lista de reforços do SP
A notícia foi divulgada terça-feira pela Tribuna, através da coluna “Badalação” (de Gisele Rech), com base nas informações prestadas pelo assessor do jogador, Rudi Machado. E ontem a imprensa paulista confirmou que Cristian, do Paraná Clube, é o primeiro nome da lista de reforços do São Paulo para 2005. A ordem é contratar jogadores pouco consagrados e que trabalhem com salários médios. O outro nome é Douglas, do Criciúma.
“Não estou sabendo”, desconversa o diretor de Futebol Juvenal Juvêncio. “Esse negócio de contratação atrapalha na produção do time.” Cristian iria em definitivo para o Morumbi por R$ 1 milhão. Douglas, que o Criciúma não quis liberar no meio do ano, acertaria por empréstimo. Já Luizão teria primeiro que convencer Leão. “Hoje diria que a negociação é zero. O Luizão tem de se preocupar primeiro em voltar a ser atleta.”