O técnico Edu Marangon só confirmará o time titular que enfrenta a Ponte Preta amanhã, em Santos, pouco antes da partida. Desta vez, entretanto, não de trata de uma estratégia para despistar o adversário.
Até ontem à tarde, o treinador não sabia se poderia contar com o volante Pierre para a partida. O jogador machucou o tornozelo direito no treinamento de quarta-feira e baixou no departamento médico. Ontem, ele continuou fazendo fisioterapia. “O problema é menos sério do que suspeitávamos. Mas ele ainda sente dor e terá que fazer um tratamento intensivo”, disse o médico do clube, Rafael Kleinschimit.
A esperança de contar com o jogador, importante peça no setor de contenção que ainda soma a qualidade de subir bem ao ataque, fez com que Maragon pedisse para que ele viajasse com o grupo, na manhã de hoje. “Se for necessário, o massagista vai dividir o quarto com ele”, brincou o treinador, confiante na possibilidade de contar com o jogador.
A pior das hipóteses, entretanto, não assusta Marangon, que utilizou Emerson como segundo volante nos dois últimos treinamentos. “O Emerson é um jogador experiente. E que tem a qualidade de arriscar bons chutes de fora da área, um aspecto deficiente da equipe. Se precisarmos dele, não temos o que temer”, elogiou.
No treinamento de ontem, Fabinho voltou a aparecer na lateral esquerda, levando Rodrigo Silva para o banco de reservas. A mudança no último treino está diretamente ligada à possível escalação da Macaca.
Correções
A semana pós-clássico foi utilizada para revisão dos erros e treinamentos para consertá-los. A famigerada bola área, que decretou a queda do Tricolor diante do Coritiba no último domingo, no Couto Pereira, foi novamente o centro das atenções. Mesmo porque assim como o Alviverde, a Ponte Preta tem um jogo aéreo ofensivo muito forte. “Eles têm o Fabrício Carvalho e o Darío Gigena, que são altos e fazem muitos gols de cabeça. Mais uma vez temos que ter atenção”, avisou. O Paraná deve entrar em campo com Flávio; Fábio Braz, Ageu e Cristiano Ávalos; Valentim, Goiano, Pierre (Emerson), Marquinhos e Fabinho; Caio e Renaldo.
Um bico para espantar a crise
Dar um pontapé na crise iminente. Esse é o desafio do Paraná Clube na partida de amanhã à tarde, contra a Ponte Preta, na Vila Belmiro, em Santos. A semana pós-clássico serviu para o grupo lavar a roupa suja. Os erros foram apontados e o grupo firmou o pacto de consertá-los para os próximos compromissos.
“Logo depois do clássico contra o Coritiba conversamos bastante e o papo continuou durante a semana. Nós precisamos ter mais atenção e estamos conscientes disso”, disse o capitão da equipe, Ageu.
Como um dos atletas mais experientes do grupo, o jogador garante que chegou a hora de se concentrar mais no que se faz. “Só restam 15 rodadas e temos que brigar para nos classificar ao menos para a Sul-Americana. Não temos mais tempo para errar.”
Quanto à possível falta de comunicação do grupo no lance do terceiro gol do Coritiba, isso ficou claro quando o zagueiro Fábio Braz não isolou a bola recuperada por Helinho O beque garante que as conversas devem se restringir ao necessário. “Falamos antes do jogo, no intervalo e depois. Durante o jogo, só quando é fundamental. Caso contrário provoca-se um nervosismo desnecessário.”
O aumento da consciência do grupo sobre a necessidade de reação ficou bem claro nas palavras do experiente atacante Renaldo. “O jogador tem que estar pronto para reagir às dificuldades. Quando se erra, se tem uma força de impulsão maior. Afinal, é errando que se aprende a fazer direito”, ensina. Todos esperam que os acertos comecem a fazer parte da vida do Tricolor a partir de amanhã.