Buenos Aires – Isolado de outros pacientes e rodeado por uma “guarda de ferro” de 40 policiais, o ex-astro do futebol argentino, Diego Armando Maradona, começa a dura etapa de “driblar” a síndrome de abstinência das drogas. Internado desde domingo na Clínica del Parque, no município de Ituzaingo, na zona oeste da Grande Buenos Aires, Maradona somente terá contato com os médicos, enfermeiras e a família.
A clínica é especializada em tratamento psicológico e contra a dependência das drogas.
Alfredo Cahe, o médico pessoal do ex-jogador, declarou ontem que lhe “parece” que esta é a “última chance de Diego salvar sua vida”. Ele considerou que o ex-astro não poupará esforços por suas filhas e a mãe. “Eu estou esperando esse ?clique?, essa virada no Diego.” Segundo o médico, o tratamento será por “longo tempo”.
Cahe é um médico controvertido. Ele é o médico pessoal de Maradona desde que o ex-jogador tinha 16 anos. Pouco depois, ficou famoso ao atender atores e atrizes. Atualmente é conhecido como “o médico das estrelas”.
Drama
Mas o drama de Maradona ainda não termina. Até o momento, não existe nenhum tutor determinado pela Justiça que se responsabilize pelo ex-jogador e que possa obrigá-lo a seguir um tratamento específico.
Desta forma, tal como aconteceu duas semanas atrás, quando ele exigiu sair da clínica Suíço-Argentina, Maradona poderia deixar a Clínica del Parque. Sua retenção forçada na clínica poderia ser considerada ilegal.
O problema jurídico depende em grande parte da indefinição da família do ex-astro. Sua ex-mulher, Claudia Villafañe, embora esteja constantemente com o ex-astro, não poderia ser indicada como tutora, pois está no meio dos trâmites de divórcio.