Herói do Uruguai na vitória por 2 a 1 sobre a seleção brasileira na final da Copa de 1950, que ficou conhecida como “Maracanazo”, o ex-jogador Alcides Ghiggia disse nesta quarta-feira não concordar com quem afirma que a derrota do Brasil para a Alemanha por 7 a 1, no dia anterior, pela semifinal do Mundial, seja a maior da história do país. Segundo o uruguaio, não se pode comparar as duas partidas, pois a de 64 anos atrás foi disputada em uma fase mais importante da competição.
Apesar de afirmar que, assim como na derrota de 1950, a terça-feira “foi um dia muito triste para todo o povo brasileiro”, Ghiggia argumentou que perder uma final em casa é uma incomparável. “O Maracanazo é diferente porque é uma final”, afirmou o ex-jogador uruguaio, autor do gol do título naquela decisão no Maracanã.
O ex-jogador, hoje com 87 anos, lembrou que já havia dito que a Alemanha era a melhor seleção desta edição do Mundial. “O Brasil não vinha jogando bem, não tinha uma equipe muito competitiva. Mas não imaginei que alemães pudessem ganhar de tanto”, contou.
O uruguaio ponderou que, apesar de não considerar a derrota para a Alemanha a maior do futebol brasileiro, a vê como a “mais surpreendente”. Também afirmou que, apesar da rivalidade histórica da seleção brasileira com o Uruguai, recebeu o resultado “sem muita alegria”.