A temporada de 1992 é considerada uma das mais desiguais da história da Fórmula 1. Com a Williams FWB, chamada por Ayrton Senna de “carro de outro planeta”, Nigel Mansell conquistou o título com facilidade. O inglês marcou 108 pontos contra 56 do vice, seu companheiro Riccardo Patrese, e venceu nove provas em 16 disputadas.
Mesmo com tamanha folga diante dos adversários – fruto de um carro tão superior que fez a FIA mudar as regras da categoria anos depois -, Mansell insiste em valorizar seu único título sempre que pode, nem que para isso tenha de menosprezar as conquistas de outros pilotos. A vítima da vez foi seu compatriota, Lewis Hamilton, campeão de 2008 com um ponto de vantagem sobre Felipe Massa.
“Com todo respeito a Lewis, mas qual é o sentido de conquistar um título em que há apenas 18 ou 20 carros na disputa? Quando eu venci, tive de derrotar outros 25 carros. Isso torna o título de Lewis 20 por cento menos valoroso do que o meu”, afirmou o “Leão”, em entrevista ao jornal inglês The Sun.
Em 1992, Mansell conquistou o título com cinco etapas de antecedência – um recorde até então. Hamilton, 16 anos depois, conquistou um dos títulos mais disputados de todos os tempos, na curva final da última volta do GP do Brasil, que fechava o calendário.