Até o começo deste ano, o zagueiro Manoel formava, ao lado de Rhodolfo e do goleiro Neto, as “joias da coroa” do Atlético. Neto foi à Fiorentina, Rhodolfo para o São Paulo, mas Manoel ficou, numa aposta do clube de que ele se valorizaria ainda mais em 2011.
Só que o camisa 3 está é se desvalorizando. Já na primeira semana de janeiro, ele deu mostras de que teria uma temporada tempestuosa. Com uma proposta tentadora de investidores, o jogador recusou-se a se apresentar no CT do Caju e só retornou depois de uma conversa cara a cara com o presidente Marcos Malucelli.
Passados os problemas iniciais, Manoel continuou aprontando. Foi punido por expulsão e por levar mulher ao hotel da concentração, no Acre. Agora, mais uma vez o zagueiro sentirá no bolso o peso de uma atitude impensada.
O Atlético decidiu multá-lo pela expulsão no Atletiba. O presidente Marcos Malucelli e o técnico Adilson Batista criticaram a atitude do jogador, mas admitiram que a pena poderia ser mais pesada se o jogador não demonstrasse arrependimento e não pedisse desculpas ao elenco.
“Já conversamos e eu entendo o lado do torcedor, da cobrança, mas precisamos do Manoel. É um jogador importante e vamos passar confiança de novo para que nos ajude na próxima partida”, afirmou Adilson Batista.
O presidente Marcos Malucelli também decidiu dar uma nova chance ao zagueiro. “Ele pediu desculpas. Isso não tira a culpa, mas ao menos ele reconheceu que errou. O grupo todo aceitou o pedido de desculpas e isso servirá de aprendizado para ele, embora tenha nos custado caro”, disse o dirigente, que ontem também anunciou que o meio-campo Madson foi punido.
O jogador não se reapresentou no CT do Caju. “A conduta dele extra-campo não lhe foi favorável e ele já foi advertido [outras vezes] por isso. Esta falta ao treino vai implicar na perda do dia de trabalho e numa advertência”, avisou Malucelli.
A falta de ontem não foi bem digerida pelo treinador, que conhece bem o passado do Madson. “Ele saiu do Santos porque tinha seis advertências. Hoje não veio treinar, perdeu o voo”, lembrou Adilson, que não descarta a possibilidade de manter o jogador no banco por conta das atitudes.