O técnico Mano Menezes afirmou nesta quinta-feira que vê como um fator positivo o fato de poder reencontrar o Paraguai nas quartas de final da Copa América, no próximo domingo, às 16 horas, em La Plata, depois de ter enfrentado o adversário na primeira fase da competição. Na ocasião, no duelo válido pela segunda rodada do Grupo B, a seleção brasileira empatou por 2 a 2 graças a um gol de Fred no minuto final, no último sábado.

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O treinador não espera encontrar facilidade diante dos paraguaios, mas lembra que agora terá um parâmetro melhor para poder tentar minar as armas do rival. “Particularmente, sempre gosto de enfrentar adversários conhecidos, pois sou técnico de futebol e acho melhor preparar a equipe sabendo das características de um adversário que já enfrentei”, afirmou o comandante, durante entrevista coletiva, em Campana.

Mano foi realista ao admitir que o Brasil esteve distante de ter apresentado o melhor futebol da primeira fase da Copa América, mas aposta que a grande experiência da seleção e o respeito que ela costuma impor em jogos eliminatórios poderão fazer a diferença a seu favor. “Agora você não tem mais recuperação (se perder está fora). Então, quem passa à próxima fase? Quem, sob uma tensão maior, consegue jogar ainda mais. Por que dizem que as grandes seleções convivem melhor com isso? Porque já passaram muitas vezes por isso”, opinou.

“Os números podem enganar. Ofensivamente, não fomos a melhor seleção até agora. Falei no Chile antes, como seleção com desempenho melhor. O Chile foi a melhor seleção, com um padrão mais bem definido, embora não tenha feito tantos gols”, reforçou, lembrando do fato de que os chilenos marcaram quatro gols e venceram dois jogos, enquanto os brasileiros fizeram seis ao total e ganharam apenas um.

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GANSO – No último jogo diante do Paraguai, Ganso foi o autor dos passes que resultaram nos gols de Jadson e Fred. E, nesta quarta-feira, serviu Neymar para o seu companheiro de Santos marcar o seu primeiro gol contra os equatorianos. Com isso, se tornou o líder em assistências até aqui nessa Copa América, com três ao total. O fato mascara o grande número de passes errados que o próprio Ganso admitiu que fez nos primeiros confrontos do Brasil na competição. Ao comentar o desempenho do meio-campista, Mano disse que estes erros são naturais até pela própria ousadia do atleta nas jogadas ofensivas.

“Se justifica o erro do passe no jogador da última armação, porque o jogador não faz passes comuns, faz passes diferenciados, verticais. Ele (Ganso) deixa o outro jogador na cara do gol e você não consegue fazer isso toda hora. O adversário não deixa. Ele tem sido um jogador importante e por isso está na seleção brasileira”, ressaltou.

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E, apesar da confiança na capacidade da seleção de se classificar à semifinal, Mano preferiu não fazer projeções. Ele se recusou a falar sobre como seria um duelo com os chilenos, que poderão encarar o Brasil se passar pela Venezuela nas quartas de final. “Não estamos pensando no Chile ainda, pois não podemos pensar no Chile. Estamos pensado no Paraguai, pois é a próxima etapa. Objetivamente, podemos fazer um pequeno balanço e citei o Chile. E vejo o Chile e a Colômbia como as equipes com padrão parecido nas três partidas que jogaram até agora”, opinou.