Em uma entrevista coletiva de quase uma hora de duração neste domingo, o técnico Mano Menezes deixou no ar a possibilidade de voltar a mexer na equipe para o jogo contra o Equador, na quarta-feira, novamente em Córdoba, onde o Brasil jogará sua sorte na Copa América. De acordo com o treinador, a forte marcação sobre Neymar cria a necessidade de um jogador encostar mais no santista, aproveitar os espaços e atenuar a pressão sobre o jovem.
“Foi possível ver muitas vezes ontem (sábado) durante o jogo três jogadores fazendo o bloqueio em cima do Neymar. Atrás desses jogadores sempre tem um espaço, e com um ou dois toques na bola ele pode tocar para o companheiro. Quando esse jogador escapar nas costas, não irão mais três para fazer essa pressão no Neymar. Vou encostar um jogador ali”, adiantou Mano Menezes.
O treinador indicou que o companheiro a se aproximar de Neymar não precisa ser um velocista, mas um “jogador com mais rapidez”. Não deu dicas, porém, se esse atleta será um dos titulares ou se promoverá uma alteração na equipe. Nem disse quem pode o substituto. “Não vou ficar mudando a todo momento, porque você oscila muito, mas mudanças pontuais sempre são possíveis. Não precisamos mexer na maneira de a equipe jogar, podemos optar por um atleta por características pessoais, por um jogador que está rendendo bem no treinamento.”
Após o treino fechado de quinta-feira, a CBF comunicou que Mano havia testado Elano no lugar de Ramires e Lucas no de Robinho. Contra o Paraguai, porém, o time entrou em campo com apenas uma mudança: Robinho por Jadson. O treinador negou que tenha mentido a respeito da formação no coletivo para despistar os paraguaios.
“Aquilo que divulgamos foi o que aconteceu. Não gostei do que vi, do que testamos. Em uma parte ficamos mais contidos e, em outra parte, ficamos muito parecidos com o que fizemos no primeiro jogo. Optei por uma opção já testada, trabalhada num jogo inteiro, contra a Escócia. Sabíamos como iríamos reagir para dar segurança.”
Mano ainda destacou a importância de Jadson para o grupo. “Vou lembrar que o Jadson foi um dos meias brasileiros que mais longe chegou na ultima Liga dos Campeões. Por isso faz parte desse grupo, na tentativa de achar um jogador para dividir a armação da seleção”, explicou o treinador brasileiro.