O técnico da seleção brasileira, Mano Menezes, se mostrou preocupado com a revolta e a desobediência apresentada pelo atacante Neymar no jogo do Santos com o Atlético-GO, na noite de quarta-feira. O treinador disse que o atleta santista, protagonista de duas polêmicas nas últimas rodadas, precisa “saber se comportar mais”.

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“Minha atitude inicial é de preocupação. Os fatos já vêm se repetindo um pouco e não é o primeiro jogo em que acontecem situações de exagero em relação ao comportamento. Ele precisa saber se comportar mais como um jogador que já passa a ser uma referência para o futebol brasileiro e, logo ali na frente, mundial”, comentou Mano, em entrevista à TV Globo.

Neymar foi o pivô da confusão ocorrida ao final da partida do Santos com o Ceará, no domingo. Na ocasião, o meia Marquinhos disse ter sido agredido por um dos policiais que entrou no gramado para conter o tumulto. Nesta quarta, o atacante reclamou ostensivamente com o técnico Dorival Júnior por ter sido preterido na cobrança de pênalti sofrido por ele mesmo.

Mano teme que o comportamento rebelde do atacante prejudique seu convívio na seleção. “Se permitirmos que isso venha acontecer com tanta frequência no clube, daqui a pouco vai se transferir para a seleção. Não tenho a intenção em me meter em assuntos de dentro do clube. Minha preocupação é com o jogador que está sendo formado. Porque, às vezes, você passa o aval de que isso é normal, e eu entendo que não é. A minha intenção é me posicionar ao lado do Dorival, que é técnico como eu e sofre no sentido de fazer o correto e mostrar o caminho certo, que é o caminho que o Neymar tem de seguir”

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O treinador da seleção acredita que o descontrole do jogador nas últimas rodadas seja causado pela pressão de liderar o time, que não conta mais com Robinho, Ganso e André. “Ele passou a se sentir um pouco sobrecarregado com a responsabilidade de continuar levando a equipe do Santos para as vitórias. Mas, mesmo nos momentos difíceis, todos os grandes jogadores passam por isso. No Santos mesmo temos o maior exemplo disso, que é o Pelé”.