Mano Menezes pode viver mais um dia especial em Recife

Mano Menezes volta à cidade que definitivamente o projetou como treinador. O gaúcho sabe que sempre em sua carreira terá que responder perguntas relacionadas à "Batalha dos Aflitos", partida que garantiu o Grêmio de volta a Série A do Brasileiro, em 2005. Com quatro jogadores a menos, e depois de ter dois pênaltis contra – ambos desperdiçados pelo Náutico – o time gremista venceu por 1 a 0 e garantiu o acesso e o título do campeonato.

Nesta segunda batalha em Recife, desta vez disputada nesta quarta-feira, na Ilha do Retiro, campo do Sport e não menos caldeirão do que o Estádio dos Aflitos, Mano pode conquistar seu primeiro título de relevância nacional na elite. Agora no Corinthians, que joga para ser campeão da Copa do Brasil.

Além do título da Série B de 2005, Mano tem dois outros no currículo, ambos regionais: os campeonatos gaúchos de 2006 e 2007, sempre pelo Grêmio. "Não acho que isso vá me projetar mais ou menos. Não será um título meu, mas do Corinthians. E tem sua importância por colocar o clube novamente no lugar que merece", disse o treinador.

A Projeção 

Luiz Antônio Verkel Menezes foi um zagueiro que, como o próprio admite, tinha um estilo "brucutu". Tanto que encerrou a carreira para cursar educação física com pouco mais de 20 anos. Como treinador, ele teve passagens por times pequenos do Rio Grande do Sul, como Guarani de Venâncio Aires e Brasil de Pelotas, até chegar ao 15 de Novembro de Campo Bom. Neste time desconhecido até então, conseguiu chegar a uma impressionante semifinal da mesma Copa do Brasil que pode ganhar nesta quarta-feira. E foi na derrota para o Santo André, que seria o campeão naquele ano, que aprendeu o que não pode ser feito na véspera de uma decisão.

"Vencemos em São Paulo por 4 a 3. Mas houve problema de negociação de premiação entre um jogo e outro e o time entrou desconcentrado. E quando você joga futebol pensando em outra coisa dá tudo errado", contou Mano. Aí, a derrota por 3 a 1 desclassificou o 15 de Novembro, mas levou o treinador ao Caxias e, logo depois, ao Grêmio.

Neste Corinthians que aparentemente não briga por "bichos" – na última segunda-feira foram pagas as premiações pelas vagas na semifinal e na final da Copa do Brasil -, Mano Menezes tem outro trabalho: evitar o clima de "já ganhou", que começou a aparecer na quarta passada, no Morumbi, quando o time venceu o Sport por 3 a 1 no primeiro jogo da decisão. "Não ganhamos nada. Se não corrermos, brigamos, o título é deles", despistou o treinador.

De Recife, Mano Menezes pouco vai ver nesta semana. O Corinthians ficou concentrado em um resort, em cidade a 40km da capital pernambucana. O treino desta terça-feira foi no hotel. "Posso conhecer a cidade melhor nas minhas férias. Aliás, espero ser bem recebido. Sei que isso não deve ocorrer na Ilha, mas faz parte da pressão. Depois do jogo tudo volta ao normal", admitiu o treinador.

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