Técnico do Corinthians entre 2008 e 2010, Mano Menezes deixou a equipe para assumir a seleção brasileira, mas não conseguiu repetir o mesmo sucesso do clube e acabou sendo demitido pela CBF no final de 2012. Questionado se repetiria a troca nessa sua segunda passagem pelo Corinthians, iniciada oficialmente nesta segunda-feira, com a sua apresentação oficial, ele descartou a possibilidade, garantiu que não pensa em seleção pelos próximos dez anos e avaliou que a sua saída do time naquela oportunidade foi um erro.
“Não penso em seleção, não vou pensar certamente nos próximos dez anos. Não costumo fazer o mesmo erro duas vezes então certamente não vou sair daqui novamente para a seleção”, afirmou, sendo sucinto, posteriomente, ao responder porque considera, agora, a mudança um “erro” “O resultado final não foi bom, futebol é bola na casinha”, disse.
Contratado em 2010 para substituir Dunga, Mano não teve êxito no comando da seleção brasileira, especialmente porque não conseguiu bons resultados diante dos adversários mais fortes. Assim, acabou sendo demitido no final de 2012 por José Maria Marin, presidente da CBF, e sucedido por Luiz Felipe Scolari.
Mas se não teve sucesso na seleção brasileira, antes disso, na primeira passagem pelo Corinthians, entre 2008 e 2010, Mano conquistou três títulos – a Série B de 2008, o Campeonato Paulista de 2009 e a Copa do Brasil de 2009.
E o treinador destacou que a sua volta confirma que o trabalho desenvolvido anteriormente no clube foi bem avaliado. “Receber convite duas vezes é difícil, e é porque na primeira passagem você deixou algo forte na relação. Estou muito contente de estar aqui”, disse.
Após a seleção brasileira, Mano dirigiu o Flamengo no ano passado e sua passagem foi considerada ruim. Assim, ao avaliar como chega ao Corinthians após trabalhos sem sucesso na seleção brasileira e no clube carioca, ele citou o seu antecessor, Tite, que oscilou na carreira, após deixar o Grêmio em 2003, e agora é apontado como um dos melhores técnicos do futebol nacional.
“Supõe-se que chego com mais experiência, tendo que aprender mais. É difícil ganhar sempre, mas podendo falar um exemplo do que é o técnico, talvez possamos lembrar a trajetória anterior do Tite. Depois do Grêmio também teve dificuldades, chegou e se transformou em um dos melhores de todos os tempos. Ninguém ganha sozinho, somos um contexto”, comentou.