O empate por 1 a 1 contra o São Paulo, neste domingo em Barueri, reforçou um problema grave do Corinthians: o time tem uma série dificuldade para chegar ao gol adversário. Consertar esta deficiência é a principal tarefa do técnico Mano Menezes.
Dos times que lideram o Brasileirão, o Corinthians é o de pior ataque: quatro gols em quatro jogos. Eis uma repetição fiel do fim da era Tite. No clássico deste domingo, até o esquema tático do técnico anterior foi recuperado, com meias ajudando na marcação.
Mano reconheceu as limitações de seu time. Ele relembrou as mudanças que fez no início do ano, as críticas que recebeu por seu time sofrer gols demais e apontou a principal falha no jogo deste domingo: o organização das jogadas no meio de campo.
“Para ter um sistema defensivo seguro, abri mão de algumas questões ofensivas, temos de achar o equilíbrio disso”, disse Mano. “Até a rodada passada éramos a equipe que mais roubávamos bola, os números comprovavam isto. Mas temos que aproveitar melhor esta roubada e termos uma transição e um contra-ataque mais organizado.”
O que Mano dá a entender é que o Corinthians, por ter aberto o placar aos três minutos do segundo tempo, tinha condições suficientes para ser mais efetivo e encontrar espaços deixados pelo São Paulo. Mas não foi o que aconteceu.
“Fizemos o gol, tivemos um lance com Petros, que poderia ter definido o jogo, mas o São Paulo, a partir daí, pressionou, perdemos o contra-ataque. Já tínhamos cedido terreno com Danilo. A alteração (a entrada de Renato Augusto) não foi determinante”, avaliou o treinador.
O empate, de certo modo, contribuiu para deixar de lado a tal dependência de Jadson, que não pôde jogar o clássico por questões contratuais. Renato Augusto entrou no segundo tempo, mas ainda não tem condição de ser titular.
“Jadson e Renato Augusto é a equipe ideal, mas não nos próximos jogos, talvez isso aconteça lá na frente”, disse Mano.