O Atlético anunciou ontem cedo que Vágner Mancini será o técnico para a sequência da temporada. Ele chega a Curitiba amanhã e terá pela frente dois grandes desafios. O primeiro é recuperar o Furacão no Campeonato Brasileiro – o time é o 19.º colocado. Já o segundo, é acabar com o retrospecto, tanto dele quanto do clube, de não desenvolver trabalhos a longo prazo.

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Exceção feita a Ricardo Drubscky, que ficou 13 meses no cargo, o Rubro-negro vem mantendo uma rotina de troca frequente de técnicos, principalmente desde o início da era Petraglia, em 1995. Em todos estes anos, nunca um treinador começou e terminou a temporada no Atlético. Para se ter uma ideia, em 2006 e 2011 o clube chegou a ter seis comandantes no mesmo ano. Em 2012, foram “apenas” três: Juan Ramón Carrasco, Jorginho e Ricardo Drubscky, mas com três trocas, uma vez que Jorginho treinou a equipe entre a saída e a volta de Drubscky.

No total, desde o retorno de Petraglia ao clube, no final de 2011, Vágner Mancini é o quarto treinador a assumir o clube – média de um a cada quatro meses e meio. A última vez que o Atlético teve apenas uma troca no comando técnico foi em 1999, quando Antônio Clemente deu lugar a Vadão, que ficou à frente do time 70 jogos consecutivos (31 em 1999 e 39 em 2000).

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Aos 46 anos, Vàgner Mancini começou a carreira de técnico em 2004, no Paulista de Jundiaí. No ano seguinte, já ganhava destaque nacional ao conquistar a Copa do Brasil. Em 2008, foi campeão baiano com o Vitória e em 2011 faturou o Cearense com o Ceará, além de ter chegado às semifinais da Copa do Brasil, sendo eliminado pelo Coritiba.

No entanto, os trabalhos mais recentes do treinador foram a curto prazo. No Náutico, permaneceu apenas 65 dias. Antes disso, no Sport, pelo Brasileirão do ano passado, ficou somente 88 dias no cargo.

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O recente trabalho mais duradouro foi no Cruzeiro, entre 2011 e 2012. Na Toca da Raposa, Mancini ficou sete meses e meio, ou exatos 226 dias. No Ceará, onde levantou seu último título, o técnico permaneceu 159 dias, entre o final de março e início de setembro de 2011.

Em média, Vágner Mancini permanece cerca de cinco meses e meio nos clubes que comanda. Porém, existem as exceções, como quando ficou quase um ano no Vitória, entre 2008 e 2009, e treinou o Guarani durante todo o Campeonato Brasileiro de 2010.