O Malutrom promete não dar trégua aos desmandos do futebol brasileiro. O clube-empresa comandado pelo empresário Joel Malucelli entrou com uma notificação na Federação Paranaense de Futebol (FPF) e vai à Justiça Comum exigindo o cumprimento do contrato com a Globo Esportes, que prevê a realização da Copa Sul-Minas. A competição, realizada no primeiro semestre, fazia parte do calendário quadrienal, registrado em um contrato entre a Liga Sul-Minas e o patrocinador, no final de 2001.
O incômodo em relação ao patrocinador começou com o anúncio do novo calendário proposto pela Confederação Brasileira de Futebol, que extingue os regionais e promove a volta dos estaduais aos moldes antigos. “Nós não participamos da votação do novo calendário. Não é justo que o Clube dos 13 decida pelo destino também das equipes menores. Eles querem defender o próprio interesse”, afirmou Malucelli, que este ano tirou o Malita da disputa do Brasileirão da Série B devido a discordância nos valores de cotas.
Para os clubes que disputam a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, a Globo Esportes e a CBF garantiram um consolo: compensar as perdas com a extinção da Sul-Minas com um acréscimo na cota anual a que cada clube terá direito, pelas disputas do Brasileiro, Copa do Brasil e Estadual. “O grande problema é que essa cota reforçada é apenas para os times de primeira divisão. E os clubes menores?, questiona.
Preocupado com os reflexos de sua empresa, Malucelli já anunciou que está buscando na Justiça o que o clube tem direito. “Até onde sabemos, há um contrato assinado pelos clubes da liga e a Globo Esportes, onde há um comprometimento relacionado à Sul-Minas. Se não for cumprido, há uma multa contratual de R$ 11 milhões, a serem pagos pela parte que o romper”, explicou. A defesa do Malutrom já está sendo elaborada e a expectativa do clube é de que nos próximos dias o caso comece a ser solucionado.