A parceria entre o Corinthians Paulista e o clube de futebol do Grupo J. Malucelli (Corinthians Paranaense) pode extrapolar os gramados e chegar à construção civil.
A empreiteira do empresário paranaense Joel Malucelli já se candidatou para tirar do papel o Centro de Treinamentos do Timão na capital paulista, investimento que pode chegar a R$ 4 milhões.
O assunto já foi abordado entre os presidentes do Corinthians Paranaense, Joel Malucelli, e da “matriz” paulista, Andrés Sanchez. “Colocamos nosso grupo à disposição do Corinthians (Paulista).
Segundo o Sanchez, em princípio, o CT será construído pela Andrade Gutierrez, mas garantiu que, se houvesse problema, nós seríamos o plano B”, disse Malucelli.
O Timão confirmou já ter projeto pronto para a construção do empreendimento nas margens da Rodovia Ayrton Senna, a poucos quilômetros da sede no Parque São Jorge. Trata-se da nova obsessão da atual diretoria corintiana que, garante, porém, ainda não ter fechado contrato com nenhum parceiro.
O CT do Timão virou polêmica nacional esta semana, após declaração do atacante Ronaldo ao programa Bem, amigos, comandado pelo narrador Galvão Bueno, no canal por assinatura SporTV.
Segundo o Fenômeno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou reservadamente com dirigentes do Timão e prometeu ajudar a viabilizar o CT através de indicações de empreiteiras.
Dedo do presidente
A aproximação do Corinthians com a Andrade Gutierrez – conforme revelação de Joel Malucelli – pode ser mais um indício que o negócio teria mesmo o dedo do presidente. A empreiteira foi uma das principais financiadoras da campanha de Lula em 2006 e teria relação próxima com o governo federal.
Preocupada com a repercussão negativa da suposta interferência presidencial em seu negócio particular, o Corinthians tratou de minimizar as declarações de Ronaldo.
Segundo a assessoria e a diretoria do Timão, Lula disse, na condição de torcedor, que gostaria de ver o Corinthians com um CT para revelar talentos. Malucelli, que diz não ter relação estreita com o Palácio do Planalto, não acredita na interferência palaciana no projeto corintiano.