O presidente do Conselho Administrativo do Atlético, Marcos Malucelli, disse em entrevista à Rádio CBN nesta quarta-feira o que falta para concluir as obras na Arena da Baixada e se o estádio irá ou não receber jogos da Copa do Mundo de 2014. “Ninguém está pedindo dinheiro público. O projeto da Fifa foi mudado em 2007 e isso encareceu bastante. Vamos tentar reduzir custos através de algumas exigências do caderno de encargos”, relatou.
O presidente salientou que o clube tinha condições de atender as exigências da Fifa anteriormente, mas com a mudança acredita ser complicado. “Antes era uma exigência e agora é outra. Será a primeira Copa dentro deste caderno. Temos hoje 300 cadeiras que não oferecem uma visão privilegiada do jogo. A Fifa quer que nós retiremos as colunas, mas para isso teríamos que trocar toda a cobertura. É uma coisa supérflua, que só encarece e dificulta. Vamos pleitear para retirarmos as cadeiras e não as colunas. Isso fará com que reduza o custo. Se tivermos que retirar as colunas teremos vários problemas e possivelmente ficaríamos dois anos sem jogar em nosso estádio”.
Outros pontos abordados e que são considerados desnecessários pelo presidente são os camarotes e a ampliação de outras áreas. “Veja o exemplo dos camarotes, que eles querem que sejam enormes e depois isso vai virar um elefante branco. Exigem uma zona mista de 500 metros quadrados, que é onde ficam os jornalistas não credenciados esperando os jogadores que não foram relacionados para a sala de imprensa. O que iremos fazer com isso depois da Copa?”, resumiu.
Para finalizar, Malucelli disse que caso o Atlético não consiga reduzir os custos ou não encontre parceiros para conclusão do estádio seguindo os padrões da Fifa, a Arena não poderá receber jogos do Mundial. “O nosso projeto atendia ao caderno anterior da Fifa, que era de 30 milhões, mas o custo subiu para 138 milhões. A Arena é o único estádio que está 70% concluído. Precisamos na pior das hipóteses de 90 a 100 milhões. O Atlético não tem e não irá atrás de dinheiro emprestado para concluir as obras. Se não tivermos o apoio de investidores e terceiros interessados, não teremos como seguir as exigências da Fifa e a busca terá que ser por outro estádio”, concluiu.