Maior promessa da base santista desde Neymar, Jean Carlos Chera foi preparado por cinco anos para ser o futuro camisa 10 do Santos. Nesta sexta-feira, a menos de dois meses de completar 16 anos e poder se tornar profissional, o jovem, que vinha sendo visto como sucessor de Paulo Henrique Ganso, anunciou que está deixando o clube.

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“Peço desculpas à nação santista, a qual aprendi a amar, pela minha saída. Infelizmente, a diretoria da base não valoriza o atleta que tem”, escreveu a promessa no Twitter, acrescentando que estava chegando à Vila Belmiro para esvaziar o seu armário.

Para o Santos, as negociações para assinatura do contrato continuam. Porém, o pai e empresário do jovem, Celso Chera, viaja no sábado à tarde para a Europa, onde ouvirá propostas de contrato para o filho.

Chera ganhou as manchetes em 2004, com nove anos de idade, sendo mostrado em programas esportivos de televisão como novo gênio do futebol, pela habilidade que mostrava com a bola nos pés. No ano seguinte, o Santos ganhou a disputa com importantes clubes brasileiros e levou o prodígio para a Vila Belmiro, com salário de cerca de R$ 10 mil.

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As negociações para que Chera assine o primeiro contrato profissional se arrastam há dois meses. O Santos ofereceu salário inicial de R$ 24 mil – R$ 1 mil menos do que recebe atualmente -, com reajustes sucessivos de acordo com objetivos atingidos, por um contrato de três anos.

O pai de Chera pediu R$ 50 mil mensais de saída, R$ 75 mil no segundo ano e R$ 100 mil no terceiro, além de R$ 1 milhão de luvas e o compromisso da Teisa – fundo de investimento ligado ao Santos – de comprar 10% dos direitos econômicos do menino, tomando por base a multa a ser estipulada no contrato. Na divisão dos direitos, Celso exige 50% dos econômicos e 30% no de imagem.

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Há três anos, quando teve propostas do Real Madrid e do Manchester United, Chera recebeu um aumento salarial da diretoria então comandada por Marcelo Teixeira. Na época, citou-se que ele teria recebido luvas de R$ 1 milhão para seguir no clube.