Foto: Valquir Aureliano/Tribuna |
Meia participou do coletivo de ontem e não sentiu nenhuma dor. |
Com a mesma habilidade que se livra de seus marcadores, o meia Maicosuel ?driblou? o departamento médico e reverteu um quadro que o tirava da grande final de domingo, às 15h40, no Pinheirão. A lesão de joelho mostrou-se menos grave do que se imaginava e o jogador praticamente garantiu escalação ao participar de todo o coletivo de ontem à tarde. Melhor para o torcedor do Paraná Clube, que assim verá em campo, frente à Adap, praticamente a força máxima de seu time, que busca fechar o Campeonato Paranaense com mais uma vitória.
?Eu avisei que meu santo é forte. Estou bem e vou pro jogo. É só o Barbieri me escalar?, disse o garoto, animado. No que depender do técnico tricolor, Maicosuel já está escalado. ?Vocês viram no treino. Ele foi muito bem
e se diz que está em condições, confio nele?, afirmou Luiz Carlos Barbieri. O meia admitiu que evitou bolas divididas, mas que esse receio desaparecerá até domingo. ?Não iria me expor, correr um risco desnecessário?, disse Maicosuel. Ao longo dos pouco mais de quarenta minutos, ele correu, finalizou e fez tabelas com Sandro e Leonardo, sem se queixar de nada.
?Eu tinha dito que não ficaria de fora dessa final.
Se for preciso, vou até de muletas?, disparou Maicosuel. O médico Mothy Domit preferiu não ser tão enfático quanto o jogador. Prefere aguardar até amanhã para dar uma posição definitiva quanto às reais condições do atleta.
Na ressonância magnética se confirmou a lesão (grau 1) no ligamento colateral do joelho direito de Maicosuel. ?É uma contusão leve e ele tem a seu favor o fato de ser um jogador leve. Além disso, seu histórico é muito bom, sem nenhuma lesão séria desde que chegou ao clube?, ponderou Domit.
A presença – ou não – de Maicosuel será decidida pelos quatro médicos do clube, Mothy Domit, Rafael Kleinschmidt, Júnio Chequim e Milton Nagai. Mesmo tendo um Brasileiro pela frente, Maicosuel quer enfrentar a Adap a qualquer custo. Contratado no ano passado, Maicosuel só não atuou na vitória por 3×0 sobre o Coritiba, por estar suspenso. Depois de iniciar a temporada no banco de reservas, assumiu a posição de titular a partir da terceira rodada. ?O meu momento é muito bom e quero estar em campo, ajudando o Tricolor a confirmar esse título?, finalizou Maicosuel.
Pinheirão estará lotado pra grande decisão
Julio Tarnowski Jr.
Estão esgotados os ingressos para a decisão do estadual entre Paraná Clube e Adap, domingo, no Estádio Pinheirão. Todos os 23 mil bilhetes destinados aos torcedores do Tricolor foram vendidos. Na manhã de ontem uma pequena quantidade, cerca
de 2 mil ingressos, que ainda não tinham sido comercializados foram colocados à venda. Duas imensas filas se formaram na entrada do Estádio Durival de Britto, e na sede social do clube, na Av. Kennedy. Em poucos minutos os torcedores que chegaram antes aos locais conseguiram comprar a carga restante.
A diretoria do Paraná destinou ainda 650 ingressos para a Adap, em Campo Mourão. Se houvesse necessidade, o Tricolor repassaria os demais 1.650 bilhetes reservados ao total de 2.300, carga de 10% que o time visitante tem direito, segundo o regulamento da competição, para os torcedores da Adap.
Ainda ontem a diretoria do Paraná negociava com a Central Nacional de Televisão (CNT), que detém os direitos de transmissão do estadual, a liberação das imagens da final também para Curitiba e os municípios da Região Metropolitana. Com a venda de todos os ingressos, possivelmente o jogo será mostrado também para a capital paranaense.
Segundo os dados do sítio futebolpr.com.br, mesmo que a torcida da Adap não compareça em ?massa? ao Pinheirão, a partida da decisão final do estadual será o maior público pagante do campeonato. O título do quesito renda e público estava até então em poder da partida entre Atlético 1 x 2 Adap, pelas quartas-de-final, realizada na Baixada. O público pagante daquela partida chegou a 11.995, para uma renda de R$ 206.200,00.
PM monta esquema de segurança
Cristian Toledo
Um grande jogo merece toda a atenção possível. Por isso, a Polícia Militar reuniu-se ontem com a principal torcida organizada do Paraná Clube, representantes do Tricolor e da Federação Paranaense de Futebol. Na pauta, as ações que serão necessárias para que não aconteça nenhum problema grave na finalíssima de domingo entre Paraná e Adap, no Pinheirão. A PM informou que as medidas geralmente utilizadas nos clássicos também serão adotadas na decisão do Campeonato Paranaense.
Apesar de não haver encontro das torcidas rivais no domingo, a polícia decidiu se precaver. ?Sabemos que é o chamado jogo de uma torcida só, mas temos que ter todo o cuidado para que os torcedores e os participantes da partida não tenham dificuldades?, afirmou o major Heraldo Régis da Silva, da Polícia Montada.
Isto significa que o acompanhamento das equipes e das torcidas será grande. ?Vamos trabalhar para que nada aconteça. E temos que zelar tanto pelas pessoas que vão ao estádio quanto pelos jogadores, comissões técnicas e dirigentes?, disse o major Heraldo, deixando no ar uma certa preocupação ante possíveis invasões de campo.
Alguns objetos normalmente vetados pela PM continuam não permitidos. ?Peço aos que geralmente vão de moto ao estádio que deixem os capacetes no guarda-volumes, assim como os que levarem guarda-chuvas. As bandeiras com hastes grandes, de bambu, também não serão liberadas?, comentou Heraldo Régis da Silva.
Quanto aos torcedores da Adap, estes terão escolta desde que chegarem a Curitiba. ?Pelas informações que recebemos, virão três ou quatro ônibus. E nós daremos toda a atenção necessária a eles?, avisou o major.
Festa
Se o Paraná confirmar o título, a Polícia Militar já está planejando o acompanhamento da festa da torcida, que acontecerá na Praça Bento Munhoz da Rocha Neto, em frente à sede social do Tricolor na Kennedy.