O lateral-direito Maicon é uma das estrelas da seleção brasileira em Campo Grande, onde a equipe enfrenta a Venezuela, às 19 horas (de Brasília) de quarta-feira. Titular de sua posição, ele mostrou-se feliz com a recepção da torcida sul-mato-grossense, e disse que essa boa relação entre a equipe e os torcedores é o maior reflexo do bom momento.
“No começo do trabalho foi difícil, só vinham críticas em cima da gente. Mas a gente manteve-se unido, trabalhando sério, e sabendo que com os resultados a gente poderia trazer o torcedor para o nosso lado. Agora é viver esse momento juntos, até a hora mais especial, que será a Copa do Mundo”, disse Maicon.
O início da campanha brasileira nas Eliminatórias causou irritação na torcida. No empate sem gols contra a Argentina, em Belo Horizonte, pelo primeiro turno, o Mineirão gritou “Adeus, Dunga”, pedindo a saída do treinador.
Na chegada a Campo Grande, no domingo, o cenário foi diferente, mesmo após derrota por 2 a 1 para a Bolívia, na altitude de La Paz. Maicon, aliás, viveu um momento especial naquela partida, quando foi capitão da equipe pela primeira vez.
“Soube que seria o capitão apenas na preleção, e fiquei muito honrado. Foi uma emoção grande, um momento especial que vou guardar pelo resto da vida. Não é qualquer um que tem essa oportunidade”, afirmou o lateral.
Maicon é um dos nomes considerados certos para a Copa do Mundo de 2010, substituindo Cafu, o capitão do penta em 2002. Mas o jogador da Inter de Milão não se diz pressionado pela responsabilidade. “A pressão sempre vai existir, mas no meu clube também existe. É preciso ter a tranquilidade e manter o trabalho que é feito no clube.”