São Paulo – Magrão e César foram apresentados ontem pelo Corinthians. Começar em um novo clube, sempre é motivo de festa para qualquer atleta. Mas ambos já chegaram sob pressão da Gaviões da Fiel. No salão nobre do clube rodeados por dirigentes e jornalistas, tiveram de vestir o boné da torcida, antes de iniciarem as entrevistas, a pedido de Wellington Rocha, presidente da uniformizada.
O gesto era para amenizar o fato de o volante ter jurado jamais vestir a camisa corintiana e o ala-esquerdo se dizer, na infância, palmeirense. ?Estamos apoiando vocês?, ouviram de aproximadamente dez torcedores. A única manifestação aconteceu na hora em que a dupla vestiu os bonés. Receberam caloroso aplauso.
Magrão tinha muito mais a explicar. Após receber a camisa do Corinthians – vestirá a 11, que era de Ricardinho, enquanto César ficou com a 3, de Mascherano – o volante tentou acabar, de uma vez por todas, com a polêmica sobre uma possível tatuagem do Palmeiras em seu corpo.
?Não sei quem vendeu está notícia de tatuagem, mas hoje acaba. Sou meio maluco, meio doido, mas jamais faria isso?, afirmou. ?No meu corpo, só tenho homenagem a meus filhos e minha esposa?, garantiu. Na verdade, além dos nomes dos filhos Matheus e Pedro nos antebraços, tem um dragão no braço e um sol nas costas.
A desconfiança, porém, ainda pairava no ar. Muitos cochichavam sobre se estava dizendo a verdade. Provou, no fim da entrevista, ao deixar o salão nobre sem camisa.
?Até numa festa de aniversário de um sobrinho este era o assunto. Devia ir sem camisa?, reclamou.
Magrão e César assinaram contrato de dez meses e chegaram ?voando? ao Corinthians. Os testes físicos pela manhã e o treino da tarde confirmaram a boa forma de ambos. Poderiam, inclusive, estrear amanhã, diante do Vasco, no Rio, pela Copa Sul-Americana. Ficam, contudo, sendo preparados para o clássico de domingo, diante do São Paulo.