Thiele montou o departamento |
Magoado com a diretoria do Atlético, o médico Edílson Thiele deixa o conselho gestor e a chefia do departamento médico do clube após 16 anos de casa.
Além dele, o restante da comissão médica, formada por outros dez profissionais, também deverá renunciar a seus cargos. Todos eles deverão ser substituídos por uma nova equipe, chefiada pelo cardiologista Paulo Brofmann, que também faz parte da direção do Rubro-Negro. A cúpula do clube não foi encontrada para comentar a troca.
"Algumas coisas são mutantes e vai assumir o doutor Paulo Brofmann e sua equipe e eu desejo toda a sorte a ele", disse o médico à rádio Banda B. Segundo ele, houve muito desgaste entre o departamento médico e a direção e isso culminou em sua saída. "São opiniões que a gente diverge e que não são nada, mas chega alguns momentos que não tem mais volta", apontou.
Um dos últimos conflitos aconteceu após a contusão do atacante Dagoberto. A empresa que assessora o atleta (Massa Sports) exigiu que a operação fosse realizada nos Estados Unidos. Thiele ameaçou sair naquela época. Esse foi o primeiro jogador machucado do clube que sua equipe não operou nesses 16 anos. "Se é para o clube crescer mais, que eu saia", apontou. Ele era o último, com exceção do presidente João Augusto Fleury da Rocha e do presidente do conselho deliberativo Mário Celso Petraglia, que participou da transformação do clube. Outros dirigentes saíram antes, como Valmor Zimmermann, Marcus Coelho, Ademir Adur, Samir Aidar e Ênio Fornea, entre outros.
Reforços todos desconhecidos
Enquanto a torcida sonha com nomes de peso para a disputa da Copa Libertadores da América, o Atlético vai se reforçando com jogadores desconhecidos da periferia do futebol brasileiro. A diretoria saiu de férias e não pôde confirmar, nem desmentir, mas o zagueiro Durval, do Brasiliense deverá ser mais uma cara-nova do Rubro-Negro para a temporada 2005. O jogador, pelo menos, confirmou que está em negociação para substituir o xerife Marinho.
"Fico triste por sair. Sempre gostei de morar em Brasília, mas tenho que seguir minha vida. Se eu acertar com o Atlético, irei para uma equipe de ponta, que está se destacando no cenário nacional", disse o jogador à imprensa do Distrito Federal. De acordo com ele, o que está pesando para trocar o Jacaré pelo Furacão é o bolso. "Em termos de salário, o Atlético também paga um pouco melhor", ponderou.
Além de Durval, que a direção não confirma, o Atlético já anunciou o zagueiro Édson (Ferroviária), o volante Jairo (Paysandu) e o meia Jorge Henrique (Náutico). Eles terão a missão de substituir o zagueiro Marinho, o volante Fabiano e o atacante Washington, que deixaram a equipe após a disputa do campeonato brasileiro.
Outros nomes, por enquanto, são só especulação. Entre eles, os campeões pelo próprio Rubro-Negro, Gustavo e Cocito, que podem retornar, Alessandro e Alex Mineiro, que têm contrato com o clube e retornam de empréstimo, mas não sabem se ficam. Outros jogadores podem aparecer no CT do Caju na semana que vem, como o volante Reginaldo Nascimento (Coritiba), o zagueiro Danilo (Paulista) e o atacante Alemão (Coritiba).
Técnico
O mesmo vale para treinador. A diretoria diz não ter pressa para acertar o novo comandante da equipe principal (que só se reapresenta no dia 17 de janeiro) e Paulo Campos (Paraná Clube) continua sendo o nome mais cotado para assumir o vice-campeão brasileiro. Outros nomes também são cogitados como Cuca, Ricardo Gomes e Oswaldo de Oliveira. (RS)