Reconciliado consigo mesmo. É assim que Diego se sente depois do gol que fez contra o São Paulo, o terceiro da vitória do Santos, domingo à tarde, na Vila Belmiro, deixando o time com amplas possibilidades de passar às semifinais do Campeonato Brasileiro, o que não consegue desde 1998, na primeira passagem de Leão pelo clube.

“Eu estava engasgado. Sabia que podia jogar mais do que aquilo que eu vinha apresentando, me esforçava, mas não vinha dando certo. Felizmente aconteceu (o gol) no momento em que o time mais precisava. Foi uma resposta para mim mesmo e a todos que vinham me cobrando, mas, repito, não tenho mágoa de ninguém”, disse o camisa 10 do Santos.

Por muito que tente, Diego não consegue disfarçar que se julgou injustiçado pelos insultos que sofreu de alguns torcedores na faixa estendida, de fora para dentro, nos muros do Centro de Treinamentos Rei Pelé, quando estava começando o recreativo de sábado cedo. “Na hora, não fiquei muito triste, mas os jogadores e Leão estavam indignados.

Não sei por que fizeram aquilo. De qualquer forma, procurei levar para o lado positivo, pensando que se eles acordaram cedo e tiveram o trabalho de fazer faixas só para mim, é sinal que sabem que eu tenho capacidade para fazer a diferença. Mas, de qualquer maneira, isso não é bom e confesso que não gostei.” Diego tenta encontrar lógica no comportamento daqueles torcedores, mas não consegue.

“Em primeiro lugar, acho que eles até teriam direito de fazer o que fizeram se o Santos perdesse e eu jogasse mal. Antes de um jogo importante, provocar os jogadores do time fica estranho. E se fossem verdadeiros santistas, hoje cedo, eles certamente voltariam aqui no Centro de Treinamentos com faixas para me cumprimentar pelo gol que fiz e para elogiar todo o time.” Sobre a promessa de Ricardinho, domingo à noite, na televisão, dizendo que vai levar o São Paulo à classificação, Diego não viu nenhum exagero. “Ricardinho é um vencedor e tem mais é que assumir a responsabilidade mesmo.

Nós também prometemos a vaga, mas a decisão vai ser dentro de campo, quinta-feira à noite, no Morumbi. Não vou dar palpite, mas se eu fosse o professor Leão mandaria o time jogar como no domingo na Vila Belmiro. Marcando forte os principais jogadores deles e ao retomar a bola, partir em busca do gol.”

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