?Envergonhado? e ?profundamente decepcionado? por ver seu nome envolvido na ?máfia do apito?, o árbitro Carlos Jack Rodrigues Magno anunciou ontem à tarde, durante o julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), que encerrou a carreira.
Magno atingiu a idade-limite de 45 anos, estipulada pela Fifa, para atuar na arbitragem e pretendia ficar na ativa até o final do ano. Sonhava pendurar o apito com chave de ouro, celebrando uma data festiva. Mas as acusações relativas ao escândalo da arbitragem paranaense, obrigaram-no a antecipar em três meses a aposentadoria.
Durante o julgamento, Jack Magno negou qualquer relação com o esquema de recebimento de dinheiro para acerto de resultados. ?Minha decepção com essas denúncias é muito grande. Não tenho mais disposição para entrar em campo e ser xingado. Depois de tanto tempo atuando como árbitro, não admito ser taxado de ladrão. Gostaria de encerrar minha carreira com uma grande festa, mas não tenho mais interesse em continuar apitando?, desabafou Magno.
Conforme denúncia do árbitro Evandro Rogério Roman, endossada por uma dezena de colegas, Carlos Jack Rodrigues Magno é um dos chefes da máfia da arbitragem do futebol paranaense.
O ?gato-mestre? do apito teria agido, entre outras ocasiões, na Série Prata de 2003, beneficiando a equipe do Marechal Cândido Rondon, na Série Prata de 2002, a favor do Engenheiro, e nas finais da Taça Paraná de 2002, favorecendo o Engenheiro Beltrão, e 2001, entre Mamborê e Colombo, que escapou de ser ?operado? por Magno no jogo de volta.