De braço direito do presidente do Conselho Deliberativo atleticano, Mário Celso Petraglia, para o olho da rua. A mudança radical no destino de Alberto Maculan refletiu a crise que se abateu sobre o Furacão. E uma das cabeças cortadas pela diretoria atleticana não escondeu o descontentamento com a decisão.
Maculan disse ter se sentido traído por Petraglia e pelo presidente do Conselho Gestor, João Augusto Fleury da Rocha. “Não quero mal de ninguém. Mas desses dois não quero a amizade”, detonou, em entrevista à Rádio Transamérica.
O ex-dirigente contou que ficou chateado com a demissão e que vai “pôr a cabeça no travesseiro” por alguns dias, antes de procurar outro rumo. “A vida segue. Que eles façam o Atlético crescer”, falou.
Maculan também criticou o autoritarismo nas entranhas rubro-negras. “Não seria leviano de falar que (o comando do clube) é centralizado. Vocês sabem como são as coisas no Atlético”, disse ele, que era o homem de confiança de Petraglia no dia-a-dia do time de futebol.
O ex-diretor disse não ter recebido muitas explicações sobre a demissão. O posto foi ocupado por seu desafeto Edinho Nazareth, promovido dias depois de ser contratado como consultor técnico.
Maculan não só comandava o futebol atleticano como era o signatário dos procedimentos para as obras de ampliação da Arena. E também responsável por assinar contratos de compra e venda de jogadores. Além de Maculan, deixaram o clube na segunda-feira toda a comissão técnica atleticana e o cientista Antônio Carlos Gomes.