Foto: Walter Alves |
Edson Bastos ganhou a preferência do técnico para estrear. continua após a publicidade |
Como o técnico Guilherme Macuglia já tinha antecipado, mesmo com a vitória sobre o Paulista, a equipe do Coritiba será alterada.
O goleiro Edson Bastos, o zagueiro Dezinho e o volante Careca serão as novidades para o confronto contra o Gama, sábado, em Brasília. A intenção do treinador é ir colocando os últimos contratados pelo clube aos poucos. Para as rodadas seguintes do campeonato brasileiro da Série B, o Coxa deverá ter outras mudanças já que, dos 12 contratados, apenas três já entraram em campo com a camisa alviverde.
?A princípio, o que eu posso dizer é que nós não vamos mexer muito na estrutura da equipe. Talvez uns dois ou três podem iniciar o próximo jogo, mas a intenção é a continuidade daquela base que nós formamos aí?, destaca Macuglia. Assim, muda o goleiro, o zagueiro pelo lado esquerdo e o volante. ?É uma possibilidade o Edson, o Dezinho e a própria entrada do Careca no meio de campo para o próximo jogo. Aí, no decorrer da competição, haverá a entrada de outros jogadores?, aponta.
Ontem mesmo ele já armou o time com essa formação e não deverá fugir muito disso. Desde que foi contratado, Edson Bastos tem sido elogiado e ganha a preferência sobre Vanderlei pela experiência em nacionais. Na zaga, Dezinho também tem mais rodagem que o garoto Felipe e Careca será experimentado na vaga de Adriano, que ainda não se encaixou bem no esquema tático do Coritiba. Ainda existe outra dúvida na zaga porque Henrique está com dores na virilha direita e faz tratamento. Se ele não puder atuar, Jéci será o substituto.
Reforços
O Coritiba apresentou ontem o lateral-direito Gilberto Flores, que foi campeão paranaense este ano pelo Paranavaí. Ele, no entanto, ficará à disposição de Macuglia somente na semana que vem porque está fazendo tratamendo para se recuperar de uma lesão no músculo adutor da coxa direita. Enquanto isso, o clube não apresentou o atacante Gustavo e o meia Diogo, envolvidos na negociação do zagueiro Douglão com o Internacional, mas confirmou que tudo já está definido.
Como o clube gaúcho não havia depositado os R$ 250 mil por 20% dos direitos econômicos e empréstimo do jogador, a transação não poderia ser concretizada. Mas o presidente Giovani Gionédis foi tratar de assuntos particulares em Porto Alegre e acabou resolvendo as pendências com a diretoria colorada. Assim, se os dois forem registrados ainda esta semana já poderão atuar na partida de sábado.
Depois de Dagoberto, Marlos também está nos planos do São Paulo
O caso Marlos pode ter o mesmo desfecho que a novela Dagoberto. Tudo porque o São Paulo já está sondando o meia para uma possível transferência em fevereiro do ano que vem. Se isso acontecer, o jogador deixará o Alto da Glória sem precisar pagar qualquer tipo de multa rescisória, já que o vínculo com o Alviverde vai somente até o dia 31 de janeiro de 2008. O procurador do jogador, Serginho Prestes, disse que desconhece esse interesse do clube paulista, assim como a diretoria do Coxa.
Segundo apurou a reportagem, o assistente técnico do Tricolor, Milton Cruz, está buscando informações sobre o meia. Como joga, se pode ser aproveitado num clube como o São Paulo, como é fora de campo e demais detalhes para uma possível contratação no futuro. O time paulista tem se notabilizado por fazer contratações de jogadores em fim de contrato. Alguns deles, inclusive, com brigas judiciais como as de Dagoberto, Cicinho, André Dias, Aloísio, entre outros.
Apesar da sondagem, Prestes garante que não houve nenhum contato ainda com o clube paulista. ?Faz tempo que eu não falo com o Milton. A última vez que conversamos foi na Copa São Paulo. Jogamos juntos e ele sempre me liga perguntando sobre jogadores?, apontou. Por isso, ele garante que, no momento, só está pensando na renovação com o Coxa. ?De minha parte não estou sabendo de nada?, disse. No Coxa, a informação é a mesma. ?Não sabemos de nada. Se ele sair em fevereiro, o clube não ganha nada?, lamentou o coordenador técnico João Carlos Vialle.
Hoje à tarde haverá uma reunião entre Prestes e João Carlos Vialle para tratar de um novo vínculo. O novo salário do jogador está praticamente acertado, mas outras questões precisam ser resolvidas entre as partes como duração de contrato, luvas e direitos econômicos.
Reforços
O Coritiba apresentou ontem o lateral-direito Gilberto Flores, que foi campeão paranaense este ano pelo Paranavaí. Enquanto isso, o clube não apresentou oficialmente o atacante Gustavo e o meia Diogo, envolvidos na negociação do zagueiro Douglão com o Internacional, mas confirmou no final da tarde que tudo já está definido. O presidente Giovani Gionédis foi tratar de assuntos particulares ontem em Porto Alegre e acabou resolvendo as pendências com a diretoria colorada. Assim, se os dois forem registrados ainda esta semana já poderão atuar na partida de sábado.
Reginaldo Nascimento mantém a forma no CT da Graciosa
Julio Tarnowski Jr.
Entre uma conversa e outra, e várias chamados telefônicos, Reginaldo Nascimento, 32 anos, vai mantendo a forma física no CT da Graciosa no aguardo de uma proposta concreta para retornar aos gramados. Sem procuradores, empresário ou assessores de imprensa para fazer a sua ?fama?, o experiente volante quase acertou a sua ida para o Fortaleza, para disputar a Segundona do Brasileiro. ?Cheguei a conversar com o Bonamigo, mas daí ele mudou de clube (Goiás). Agora vou aguardar um pouco mais?, diz o volante, não mostrando pressa, ou mesmo angustia em voltar a jogar.
Por pouco o volante também não foi para Portugal, oportunidade que ainda espera ressurgir nas chamadas janelas para contratações de estrangeiros – a próxima acontece em junho. ?Estava no Atlético-MG (em 2006), quando fui procurado. Os contatos continuam?, diz esperançoso, mostrando-se satisfeito em ter ajudado o Galo (foto acima) a voltar para à 1.ª Divisão neste ano.
Mas o que Reginaldo Nascimento quer mesmo é evitar os chamados ?picaretas? de plantão, que fazem pontes com outros empresários, prometem mundos e fundos, tentam intermediar uma transferência e levar uma grana nas costas dos atletas. ?Sempre fiz os meus contratos e negociações com os clubes. Quem me conhece – treinadores e auxiliares técnicos – sabe disso?, diz o jogador que desde que começou a jogar profissionalmente, em 1991, pelo Matsubara, passou por outros sete clubes (ficha abaixo) Porém foi no Coritiba, onde atuou por oito anos, que o volante mais se identificou. ?Não dá para desvincular isso. Até hoje, quando saio na rua, os torcedores conversam comigo, perguntando ?quando vamos voltar para a 1.ª Divisão?.
Ainda pensam que estou no Coxa?, diz sorrindo.
Por manter essa fidelidade, Reginaldo Nascimento chegou a ?desprezar? um convite para jogar no Corinthians, em 2003 e 2004. ?Estava no melhor da carreira. Eles queriam que largasse o Coritiba naquele momento e fosse para lá. O Gionédis (presidente do Coxa) disse que não poderia cobrir a proposta deles, mas me ofereceu mais um ano e meio de contrato?, lembra o volante afirmando que ?pela fidelidade e a história com o clube? não poderia sair sem mais nem menos do Alto da Glória. ?Não seria justo. Chegaram até falar que estava fazendo ?barulho? para tentar aumentar o salário na época. Fiquei no Coritiba?, completa Reginaldo Nascimento sem mágoas com o presidente a quem considera ?amigo?. ?Foi ele que abriu novamente as portas do clube para que pudesse voltar a treinar?.
?Gás pra mais três anos?
Casado, pai de Giovanna Lyssa, de 4 anos e morando em Curitiba, Reginaldo Nascimento afirma que sempre se cuidou e tem ?tranqüilamente gás para mais uns dois ou três anos. E cita como exemplos os acima de 30 – Zé Roberto, meia do Santos, e Aloísio, atacante do São Paulo, ambos com 32 anos, ?que estão voando baixo e batendo um bolão?.
?Acredito que a experiência conta muito. Mas o mercado é um pouco ingrato. No Brasil tem muito clube caça-níquel, sempre buscando jogadores jovens visando negociações imediatas. Aí dificulta um pouco para quem tem mais idade?, observa o volante que também já projeta o que fazer depois dos 35 ou 36 anos. ?Continuar trabalhando no futebol, mas não como empresário, ou algo semelhante. Meu negócio é dentro do campo, talvez como técnico, ou auxiliar?, projeta o volante mais uma vez mostrando serenidade.